União Europeia diz que sua campanha de vacinação contra Covid-19 está alcançando o ritmo dos EUA

Ursula von der Leyen também comemorou o fato do bloco econômico já ter doado 220 milhões de doses do imunizante, enquanto ‘outros estão mantendo toda a produção para si’

  • Por Jovem Pan
  • 20/05/2021 15h16 - Atualizado em 20/05/2021 17h11
EFE/EPA/IAN LANGSDON / POOL A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, usa máscara com bandeira do bloco econômico A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, anunciou a meta de vacinar 70% dos adultos até o fim de julho

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, disse que a campanha de vacinação contra a Covid-19 do bloco econômico está ganhando velocidade e alcançando o ritmo da imunização do governo do presidente Joe Biden. “Nosso objetivo é oferecer uma dose a 70% de todos os adultos até o final de julho. Este é quase o mesmo alvo que os Estados Unidos estabeleceram”, afirmou nesta quinta-feira, 20. Von der Leyen também comemorou o fato da comissão ter exportado 220 milhões de doses da vacina, quase a mesma quantidade que usou em seus próprios cidadãos. “Outros estão mantendo toda a produção de vacinas para si, mas a União Europeia alcançará suas metas de vacinação sem se isolar do mundo”, completou. A fala foi considerada uma indireta ao Reino Unido e aos Estados Unidos, que estão sendo criticados pela comunidade internacional por não enviarem parte de seus imunizantes para outros países.

Na quarta-feira, 19, a União Europeia decidiu reabrir as suas fronteiras para viajantes estrangeiros que foram totalmente imunizados com as vacinas contra a Covid-19 pelo próprio bloco (PfizerBioNTechAstraZenecaUniversidade de OxfordJohnson & Johnson e Moderna) ou pela OMS (Sinopharm). Além disso, só poderão entrar os turistas provenientes de países com 75 novas infecções pelo coronavírus a cada 100 mil habitantes. A expectativa é que as regras entrem em vigor já na próxima semana visando a temporada turística de verão no Hemisfério Norte. No entanto, o diretor regional da OMS na Europa, Hans Henri Kluge, se posicionou contra a criação de um “passaporte da Covid-19“. Ele afirmou que, apesar das vacinas aprovadas pela União Europeia serem eficazes contra as variantes do coronavírus, a situação pandêmica é uma “ameaça persistente” com “novas incertezas”. “As vacinas podem ser a luz no final do túnel, mas não podemos ser cegados por essa luz”, defendeu.

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