Insumos para CoronaVac chegarão ao Brasil ‘nos próximos dias’, diz Bolsonaro

De acordo com o presidente, exportação de 5.400 litros de matéria-prima foi aprovada pelo governo chinês

  • Por Jovem Pan
  • 25/01/2021 16h29 - Atualizado em 25/01/2021 18h21
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Reprodução/Reprodução

O presidente Jair Bolsonaro afirmou que foi informado pela Embaixada da China no Brasil, na manhã desta segunda-feira, 25, que os insumos para a produção da CoronaVac foram liberados pelo governo chinês e chegarão ao país “nos próximos dias”. O anúncio foi feito em suas redes sociais. “Embaixada da China nos informou, pela manhã, que a exportação dos 5400 litros de insumos para a vacina Coronavac está aprovada, em vias de envio ao Brasil, chegando nos próximos dias. Assim também os insumos da vacina AstraZeneca que estão com liberação sendo acelerada”, diz a publicação. 

Bolsonaro também agradeceu a “sensibilidade” do governo chinês e o empenho dos ministros Ernesto Araújo (Relações Exteriores), Eduardo Pazuello (Saúde) e Tereza Cristina (Agricultura). O envio dos insumos é fundamental para o Brasil dar sequência ao seu Plano Nacional de Imunização. Até o momento, o país possui cerca de 13 milhões de doses disponíveis: 6 milhões do primeiro lote da CoronaVac, 4,8 do segundo lote do imunizante do Instituto Butantan e mais 2 milhões de doses da vacina da Universidade de Oxford com a AstraZeneca, que foram distribuídas aos estados e municípios neste final de semana.

Minutos depois, o embaixador da China no Brasil, Yang Wanming, afirmou, em sua conta no Twitter, que “a China está junto com o Brasil na luta contra a pandemia e continuará a ajudar o Brasil neste combate dentro do seu alcance. A união e a solidariedade são os caminhos corretos para vencer a pandemia”. Em um vídeo divulgado pelo ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni, o ministro Eduardo Pazuello afirma que a expectativa é de que os insumos cheguem ao Brasil até o final desta semana. “A previsão de chegada dos insumos no Brasil é até o final desta semana, garantindo com isto a continuidade da fabricação e distribuição das vacinas. Fica aqui o nosso agradecimento a todos que, de alguma forma, ajudaram nessa liberação”, afirmou Pazuello.

 

Nos últimos dias, o governo Bolsonaro passou a ser criticado pela demora na liberação dos insumos para o Brasil. Como a Jovem Pan mostrou, governadores protocolaram, na quarta-feira, 20, um ofício pedindo ao presidente “diálogo diplomático” com Índia e China, visando “assegurar a continuidade do processo de imunização no país”. “Os governadores dos entes federados brasileiros que subscrevem este expediente dirigem-se à Vossa Excelência a fim de tratar da premente necessidade de manutenção do fornecimento externo dos insumos empregos na produção de vacinas contra a Covid-19 no Brasil. Nesse sentido, solicitam a essa Presidência que seja avaliada a possibilidade de estabelecimento de diálogo diplomático com os governos dos países provedores dos referidos insumos, sobretudo China e Índia, para assegurar a continuidade do processo de imunização no país”, diz o documento, assinado por todos os governadores. O motivo é simples: há o temor de que a vacinação seja interrompida em razão da escassez de insumos.

Por isso, o governador do Piauí, Wellington Dias, coordenador do Fórum dos Governadores na temática da vacinação, sugeriu aos demais pares que os prefeitos e secretários de saúde municipais fossem orientados a reservar a segunda dose da CoronaVac a pessoas já imunizadas.

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