Zelenksy afirma que Ucrânia está preparada para lançar contraofensiva

Presidente ucraniano disse, no entanto, que teme sofrer baixas consideráveis devido à superioridade aérea de Moscou e reforçou que o único armamento capaz de proteger o país é o sistema Patriot

  • Por Jovem Pan
  • 03/06/2023 17h08 - Atualizado em 03/06/2023 17h09
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Genya Savilov/Pool via REUTERS zelensky entrada na Otan O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou, em entrevista publicada pelo Wall Street Journal neste sábado, 3, que o país está preparado para lançar uma contraofensiva ante as tropas russas, mas que teme sofrer baixas consideráveis devido à superioridade aérea de Moscou. Kiev vem dizendo há vários meses que está preparando uma grande ofensiva que tentar recuperar os territórios ocupados por Moscou desde a invasão da ex-república soviética em fevereiro de 2022. Zelensky insistiu, no entanto, que o país precisa de mais tempo e de armas. “Muitos soldados morrerão se Kiev não receber armamento para enfrentar o poder aéreo de Moscou.” O presidente ucraniano afirmou que seria “perigoso” iniciar a contraofensiva sem mais ajuda ocidental, apesar de Kiev estar “preparada” para recuperar os territórios perdidos após 15 meses de invasão.

As declarações coincidiram com novos bombardeios executados esta semana contra a capital ucraniana. “Todo mundo sabe perfeitamente que qualquer contraofensiva sem superioridade aérea é muito perigosa”, apontou. “Imaginem o sentimento de um soldado que sabe que não tem um teto e não entende por que os países vizinhos têm”, disse. Zelensky destacou que o único armamento capaz de proteger a Ucrânia é o sistema de defesa antiaérea Patriot, fabricado pelos Estados Unidos, e pediu mais equipamentos. “A realidade é que 50 Patriots evitarão, na maioria das vezes, que as pessoas morram”, afirmou. Zelensky também expressou frustração antes da reunião de cúpula da Otan marcada para ocorrer no próximo mês na capital da Lituânia. “Se não formos reconhecidos e recebermos um sinal em Vilnius, acredito que não faz sentido para a Ucrânia estar nesta reunião de cúpula”, disse.

*Com informações da AFP

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