Zelensky afirma que Ucrânia ‘está pronta para uma paz justa’
Presidente ucraniano sinalizou um acordo, mas acredita que seja ‘falsa’ a disposição da Rússia de negociar o fim da guerra
“Estamos prontos para a paz, para uma paz justa”, assim se manifestou na noite desta sexta-feira, 4, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, embora tenha ressaltado que considera “falso” que a Rússia esteja disposta a negociar o fim da guerra. A “fórmula” para alcançar a paz, segundo Zelensky enfatizou em seu habitual discurso noturno, é o “respeito” pela Carta da ONU, pela integridade territorial da Ucrânia e por seu povo, bem como “punição” para todos os “culpados” pelo “terrorismo russo” e a “compensação total” por parte da Rússia pelos danos causados. O presidente ucraniano explicou sua posição destacando em seu discurso que nesta semana os combates “mais ferozes” estão concentrados na região de Donbass, onde “o Exército russo já gastou tantas vidas de seu povo e tanta munição quanto provavelmente não gastou nas duas guerras na Chechênia juntas”. No entanto, o número real de perdas da Rússia “está escondido da sociedade russa”, argumentou. “Esconderam até sua mobilização e agora estão simplesmente mentindo para o povo que a tarefa de mobilização supostamente foi concluída. A verdade é que nas regiões da Rússia e em nosso território ocupado ainda estão reunindo pessoas para enviá-las à morte”, acrescentou.
De acordo com Zelensky, essa “teimosia absolutamente sem sentido dos donos da Rússia de hoje é o melhor indicador de que tudo o que alguns líderes estrangeiros dizem sobre sua suposta vontade de negociar é igualmente falso”. “Quando alguém pensa em negociações, não procura uma forma de enganar todos ao seu redor para enviar dezenas ou centenas de milhares de pessoas ao moedor de carne, mobilizadas ou na forma de alguns mercenários”, argumentou. Na opinião do presidente da Ucrânia, é “muito bom” que o mundo perceba a retórica russa “como uma mentira” e “preste atenção apenas ao que o Estado terrorista realmente faz”. A invasão da Rússia na Ucrânia vai completar nove meses no próximo dia 14.
*Com informações da EFE
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