Netanyahu afirma que seguirá pressionando por um “melhor” acordo com o Irã

  • Por Agencia EFE
  • 05/04/2015 12h53
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Washington, 5 abr (EFE).- O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, reiterou neste domingo suas críticas ao pacto preliminar alcançado com o Irã sobre seu programa nuclear e afirmou que seguirá pressionando o governo dos EUA para que busque um “melhor” acordo.

“Não estou tentando matar qualquer acordo. Estou tentando matar um mal acordo”, comentou Netanyahu à rede “NBC”, no marco de uma rodada de entrevistas com várias televisões americanos.

Segundo Netanyahu, o acordo preliminar entre o G5+1 (China, EUA, França, Reino Unido e Rússia mais Alemanha) e o Irã anunciado na quinta-feira passada em Lausanne (Suíça), é uma “ameaça” para Israel e seus vizinhos, e transforma em “legítimo” o programa nuclear de Teerã, que é, segundo sua opinião, algo “ilegítimo”.

“Ainda há tempo para conseguir um melhor acordo”, afirmou o líder israelense à rede “CNN”.

Netanyahu disse também que o acordo preliminar levantará as sanções contra o Irã rápido demais, o que dará ao regime de Teerã recursos para “aumentar sua maquinaria do terror no mundo todo”.

Diferente de Netanyahu, o presidente de EUA, Barack Obama, está insistindo desde o anúncio do entendimento com o Irã que foi possível um “bom acordo”, que é “de longe” a melhor opção para seu país, seus aliados e o mundo inteiro, dado que nega a Teerã o “plutônio necessário para fabricar uma bomba”.

No entanto, o ceticismo de Netanyahu e suas críticas são compartilhadas pelos republicanos no Congresso dos EUA e também por vários democratas.

Do lado de Obama se mostrou hoje a influente senadora democrata Dianne Feinstein, que comentou a “CNN” que desejaria que Netanyahu “se contivesse” na hora de falar do acordo com o Irã, porque ele não ofereceu “nenhuma alternativa real” para impedir que esse país desenvolva uma arma nuclear.

“Francamente, é um acordo melhor do que o esperado. Acho que pode ser um acordo prático e muito útil, e pode ser o sinal” de um “novo dia” com o Irã, declarou Feinstein. EFE

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