Obama e rei Salman discutem preocupações comuns sobre Síria e Iêmen
Washington, 4 set (EFE).- O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e o monarca da Arábia Saudita, rei Salman bin Abdulaziz, se reunirão nesta sexta-feira na Casa Branca para conversar sobre os conflitos na Síria e no Iêmen, crises que causam “preocupações comuns” aos dois países, assim como sobre outras questões que contribuam para a estabilização do Oriente Médio.
“Este é obviamente um momento difícil para os assuntos mundiais, especialmente no Oriente Médio, e por isso esperamos ter uma conversa profunda sobre uma ampla gama de questões”, disse Obama à imprensa antes do começo da reunião.
“Compartilhamos a preocupação com o Iêmen e a necessidade de restaurar um governo que funcione e que seja inclusivo, que possa aliviar a situação humanitária ali”, acrescentou.
Obama também falou sobre a crise na Síria, e afirmou que os dois buscarão encontrar um caminho para “um processo de transição política” que possa finalmente pôr fim ao grave conflito do país.
O presidente americano e o rei saudita ainda falarão sobre a cooperação na luta antiterrorista, “incluindo a batalha contra o Estado Islâmico (EI)”.
“E vamos discutir a importância de aplicar efetivamente o acordo para nos assegurarmos que o Irã não obterá armas nucleares, enquanto neutralizaremos suas atividades desestabilizadoras na região”, acrescentou.
Já o monarca saudita destacou a estreita relação entre seu país e os EUA, e ressaltou a necessidade de aprofundarem seus intercâmbios comerciais.
“Nossa economia é livre, e portanto deve permitir que os empresários troquem oportunidades, porque se as pessoas verem que há interesses comuns, as relações entre eles serão mais favoráveis. Nossa relação deve ser benéfica para os dois, não só no campo econômico, mas também no político, no militar e no de defesa”, disse o rei.
Esta é a primeira visita oficial a Washington do monarca saudita, de 81 anos, desde que ascendeu ao trono após a morte de seu irmão, rei Abdullah, em janeiro, e o primeiro encontro entre eles desde então, quando Obama viajou ao país árabe.
Salman se ausentou da cúpula de países do Golfo que o presidente organizou em Camp David, o que foi considerado por muitos especialistas como um símbolo da recusa do rei saudita às conversas nucleares que então avançavam entre o Irã e a seis potências internacionais. EFE
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