Obama: Extirpar um câncer como o do EI não será fácil e não será rápido

  • Por Agencia EFE
  • 26/08/2014 15h22

Washington, 26 ago (EFE).- O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, reconheceu nesta terça-feira que acabar com um o Estado Islâmico (EI) não será simples nem rápido, mas garantiu que manterá total atenção ao avanço do grupo no Iraque e na Síria, e reiterou que não haverá desdobramento de tropas americanas nesses países.

“Extirpar um câncer como o de EI não será fácil e não será rápido. Mas os tiranos e assassinos que lhes precederam devem reconhecer que sua visão cheia de ódio não pode superar a força dos Estados Unidos”, disse Obama em discurso perante a Legião Americana, a maior organização de militares veteranos do país.

O governante também falou para os membros do EI que assassinaram o jornalista americano James Foley.

“Os Estados Unidos não esquecem. Nosso alcance é longo. Somos pacientes e será feita justiça. Demonstramos várias vezes que faremos o que for necessário para perseguir a aqueles que façam prejuízo aos americanos, e seguiremos tomando ações diretas quando for necessário para proteger nosso povo e defender nosso território”, declarou.

Obama justificou com esse argumento os ataques seletivos que sua Administração começou neste mês no Iraque contra posições do EI perto de Mossul, cuja presa é de grande interesse estratégico, e de Arbil, onde há instalações e cidadãos americanos.

Neste fim de semana, o presidente anunciou o início de voos de reconhecimento sobre a Síria como possível passo a futuros ataques seletivos contra o EI, um movimento reivindicado por um grande setor do Congresso e pela comunidade de inteligência americana, segundo informaram ontem fontes oficiais a imprensa local.

O porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest, garantiu hoje que Obama “não tem planos de coordenar” um eventual desdobramento de bombardeios sobre a Síria com o governo do país, como reivindica Damasco, porque não reconhece “Bashar Al-Assad como líder”.

Sobre o Iraque, Obama declarou que “as tropas americanas de combate não voltarão a lutar” nesse país “porque depende dos iraquianos resolver suas diferenças e garantir” seu território.

“A crise no Iraque ressalta como temos que enfrentar a ameaça terrorista de hoje. A resposta não é fazer desdobramentos militares a grande escala que (…) se prolongam no tempo e acabam alimentando o extremismo”, explicou.

“Nossa ação militar no Iraque deve ser parte de uma estratégia mais ampla para proteger a nossa gente e apoiar nossos aliados para que possam combater o EI”, acrescentou. EFE

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