OMS recomenda a brasileiras considerar adiar gravidez

  • Por Estadão Conteúdo
  • 31/05/2016 08h39
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Cynthia Goldsmith / CDC Imagem de microscópio eletrônico do vírus da zika (pontos pretos) em tecido humano

A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que casais que vivem em locais com o surto do vírus zika adiem ou, pelo menos, considerem adiar uma gravidez. Para os estrangeiros ou mesmo pessoais locais que apresentaram algum sintoma, a sugestão, publicada na última terça-feira (31), pela entidade é de que esperem, no mínimo, seis meses para iniciar uma gravidez.

Já para estrangeiros que visitam locais com surtos e que não têm sintomas, a recomendação pede 2 meses de espera até que uma gravidez seja iniciada. 

A sugestão está sendo publicada depois que novos estudos realizados pela entidade e cientistas apontaram que o vírus tem um período maior de permanência no sêmen além do que se previa.

“Nossa sugestão é de que pessoas em locais com surto adiem ou considerem adiar uma gravidez”, disse Christian Lindmeier, porta-voz da OMS. Para ele, mulheres nesses países devem ter acesso à informação e medidas de prevenção, como preservativos.

Em casos de estrangeiros que visitam o Brasil e tenham sintomas como febre e conjuntivite, a sugestão é de que a espera seja de seis meses. “Isso é uma forma de garantir que o vírus deixe o corpo”, apontou Lindmeier. 

Segundo o especialista, a sugestão anterior da OMS era de uma espera de apenas três meses. “Decidimos rever nossas recomendações diante das novas informações que temos sobre a doença”.

Outra mudança se refere também a casais que tenham estado no Brasil mesmo sem dar sinais de sintomas. “Essas pessoas devem esperar oito semanas ao voltar de locais afetados”. Antes, a recomendação falava em quatro semanas.

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