ONGs dizem que 2,9 milhões de somalis seguem em situação de crise humanitária
Nairóbi, 7 mai (EFE).- Cerca de 2,9 milhões de pessoas seguem em situação de crise humanitária e 50 mil crianças estão “gravemente desnutridas” três anos após ser declarado o estado de crise de fome na Somália, alertaram várias ONGs nesta quarta-feira.
No relatório “Risco de recaída”, publicado no site da organização Oxfam International, várias ONGs pedem uma ação urgente para evitar outra “tragédia” na Somália, onde a crise “severa” afeta um terço da população.
Embora os números atuais mostrem uma melhora com relação aos últimos anos, eles especificam que “melhor” não é sinônimo de “sucesso”, dado que os cidadãos somalis sobrevivem “muito abaixo” das necessidades mínimas. De acordo com o documento, menos de uma a cada quatro pessoas tem acesso a instalações sanitárias adequadas e uma a cada sete crianças sofre desnutrição aguda.
“Existe um risco muito real de que as pessoas que necessitam de ajuda não a terão e os que já a receberam cairão de novo em crise”, acrescenta.
Por isso, as ONGs afirmam que, “sem uma ação dirigida às necessidades humanitárias e de desenvolvimento da Somália, os somalis voltarão a viver em risco”.
O Chifre da África se transformou em 2011 em foco de atenção do mundo ao sofrer uma das piores crises de fome de sua história, que provocou a morte de milhares de pessoas e deixou mais de 13 milhões em crise humanitária.
A Somália foi o país que mais sofreu o efeito dessa crise, onde quase metade de sua população, cerca de 3,7 milhões de pessoas, sofre essa tragédia, acentuada pelo conflito e a falta de governo efetivo vivido há mais de duas décadas. EFE
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