ONS reduz previsão de chuvas em fevereiro a 58% da média

  • Por Reuters
  • 20/02/2015 13h18

O repórter Jovem Pan Tiago Muniz retrata vista da Represa Jaguari Tiago Muniz / Jovem Pan Nível do sistema Cantareira sobe para 9

O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) reduziu para 58% da média histórica a previsão de chuvas que devem chegar aos reservatórios das hidrelétricas do Sudeste em fevereiro, ante a previsão anterior de que as afluências seriam de 65%.

A previsão atualizada mostra que o cenário não teve mudança significativa em relação à primeira estimativa do ONS para fevereiro, feita no fim de janeiro, quando esperava chuvas a 52% da média para o Sudeste, região que abriga 70% dos reservatórios do país.

Analistas avaliam que as chuvas teriam que ser surpreendentes, muito acima da média, até o fim do período úmido em abril para evitar um racionamento de energia neste ano. No entanto, desde o ano passado, as chuvas têm ficado muito aquém do esperado inicialmente.

O ONS espera agora que o nível das represas do Sudeste do país termine fevereiro em 21,2%, numa elevação em relação ao nível atual de 19,17%, mas ainda muito abaixo do verificado antes do racionamento de 2001, quando estava a mais de 30%.

No Nordeste, deve chover o equivalente a 30% da média histórica em fevereiro e no Norte, 56%. Somente o Sul deverá continuar tendo chuvas mais fortes, com afluências de 129% da média.

Já o consumo de carga em fevereiro deve cair 2,9% na comparação com mesmo período do ano passado, o que dá alívio para os reservatórios depreciados das hidrelétricas, num momento em que praticamente todas as termelétricas estão ligadas para garantir o fornecimento de energia.

O Custo Marginal de Operação (CMO), que representa o custo de geração de cada unidade de energia adicional no sistema elétrico, voltou a subir para a próxima semana, acima do primeiro patamar de custo do déficit no Sudeste e Sul.

O CMO está em R$1.606,42 por megawatt-hora (MWh), sendo que o primeiro patamar de custo de déficit é de R$1.420,34 por MWh. Quando o CMO atinge esse primeiro patamar, há indicação do sistema computacional utilizado pelo ONS para que ocorra corte de consumo entre 0% e 5%.

O corte, no entanto, não foi determinado e as previsões divulgadas nesta sexta-feira consideram o pleno atendimento aos requisitos de carga, afirmou o ONS.

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