Operação contra grupo albanês na Macedônia termina com 18 kosovares detidos

Skopje, 11 mai (EFE).- O Tribunal de Primeira Instância de Skopje confirmou nesta segunda-feira que há 18 kosovares entre os 30 detidos durante a operação policial deste fim de semana contra um suposto grupo terrorista de origem albanesa na cidade macedônia de Kumanovo.

Além dos 18 cidadãos do Kosovo (antiga província sérvia cuja maioria albanesa proclamou a independência em 2008), há 2 macedônios com residência temporária no Kosovo; nove cuja residência figura na Macedônia e um albanês oficialmente residente na Alemanha.

Muitos deles afirmaram que entraram ilegalmente na Macedônia, segundo informaram fontes judiciais.

O principal partido de representação albanesa na Macedônia, a União Democrática para a Integração (BDI), afirmou que os incidentes recentes não favorecem os albaneses do país e da região.

O BDI, que faz parte da coalizão de governo com o conservador VMRO-DPMNE do primeiro-ministro Nikola Gruevski, destacou hoje que as instituições estatais ajudarão a população local de Kumanovo a reparar as propriedades danificadas.

A polícia permitiu ontem à noite aos desalojados voltarem a suas casas, mas algumas delas ficaram seriamente afetadas após os enfrentamentos nos quais foram utilizadas armas automáticas, bombas e franco-atiradores.

Gruevski se reuniu hoje com os representantes da União Europeia (UE), e com os embaixadores dos Estados Unidos, Alemanha, França, Reino Unido e Itália para analisar a situação.

Por sua vez, o presidente macedônio, Gjorge Ivanov, se reuniu também com os representantes dos Estados Unidos, da UE, da Otan e da OSCE (Organização para a Segurança e Cooperação na Europa) aos quais disse que a comunidade internacional “deve encontrar urgentemente a maneira de desbloquear as integrações euro-Atlânticas da Macedônia”, a dizer, sua filiação à Otan e à União Europeia.

Em 2008, a Grécia bloqueou a entrada da Macedônia na Otan por conta da questão do nome que gera discórdia entre os dois países e pela qual o país heleno também bloqueia suas negociações com a UE.

Desde que a Antiga República Iugoslava da Macedônia chegou à independência, a Grécia rejeitou que esse país fosse denominado Macedônia com o argumento de que existe no território heleno uma região homônima que faz parte da herança nacional grega. EFE