Pedido adiamento nos EUA da execução de 3 presos por falta de medicamentos
San Francisco, 13 out (EFE).- O procurador-geral de Oklahoma pediu à Corte Criminal de Apelações para adiar até 2015 três execuções de presos previstas para este ano por não haver os fármacos necessários, segundo a documentação entregue ao tribunal na sexta-feira e revelada nesta segunda.
O documento apresentado pelo procurador-geral Scott Pruitt indica que o estado não possui os fármacos necessários para administrar as injeções letais e pede mais tempo para poder obtê-los e treinar a equipe que deve aplicá-los com base nos novos protocolos.
Em abril um preso morreu em Oklahoma de ataque cardíaco 40 minutos após receber a injeção letal, caso que reabriu o debate sobre a pena de morte nos EUA.
Oklahoma suspendeu então as execuções até que em 4 de setembro o Departamento de Segurança Pública do estado publicou o resultado da investigação sobre o acidente, que atribuiu a uma falha médica, e ainda um novo protocolo para melhorar a aplicação da pena capital.
As três execuções que o procurador-geral solicitou que sejam adiadas estão previstas para o final deste ano, duas para novembro e uma para dezembro.
Um dos presos incluídos no pedido de adiamento, Charles Warner, condenado por estupro e assassinato de um bebê de 11 meses, deveria ter sido executado segundo o calendário original em 29 de abril, o mesmo dia em que ficaram suspensas todas as execuções no estado.
Agora está previsto que Warner receba a injeção letal em 13 de novembro, e o procurador-geral pediu outro adiamento, desta data para 15 de janeiro de 2015.
“O tempo adicional solicitado para as três execuções será suficiente para obter os fármacos necessários e treinar completamente cada um dos membros da equipe de execução”, indicou o procurador-geral.
“O estado não quer ir demais rápido na implementação deste novo programa de treinamento, especialmente depois da revisão do protocolo de execução”, concluiu.
Com 111 execuções, Oklahoma é o segundo estado do país que mais vezes aplicou a pena de morte desde 1976, só atrás do Texas, com 517. EFE
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