Pela primeira vez, Brasil será líder do Conselho para refugiados da ONU

Colegiado do Acnur é responsável por coordenar discussões entre Estados, determinar as ações prioritárias e aprovar o orçamento do órgão

  • Por Jovem Pan
  • 10/10/2020 11h56 - Atualizado em 10/10/2020 11h57
Marcelo Camargo/Agência Brasil Estatísticas da ONU apontam que, até o final de 2019, mais de 79,5 milhões de pessoas no mundo deixaram seus locais de origem

O Brasil foi eleito nesta sexta-feira, 9, presidente do Conselho do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur). Esta é a primeira vez que o país ocupará a liderança do órgão para governança humanitária da ONU. O mandato tem duração de um ano. Criado em 1950, após a Segunda Guerra Mundial, o Acnur, por meio de seu trabalho humanitário, ajuda os refugiados a recomeçarem suas vidas. O Conselho do Acnur é responsável por coordenar as discussões entre os Estados membros, determinar as ações prioritárias e aprovar o orçamento do órgão.

Em nota, o Itamaraty disse que a “eleição reflete o reconhecimento internacional pelo engajamento brasileiro no campo humanitário, sobretudo em razão das iniciativas inovadoras tomadas pelo governo federal na proteção a refugiados e no âmbito da Operação Acolhida”. Criada em 2018, a operação é responsável por garantir o atendimento humanitário aos refugiados e migrantes venezuelanos em Roraima, principal porta de entrada da Venezuela no Brasil.

Segundo o Acnur, nas últimas décadas, os deslocamentos forçados atingiram níveis sem precedência. Estatísticas recentes revelam que, até o final de 2019, mais de 79,5 milhões de pessoas no mundo deixaram seus locais de origem por causa de conflitos, perseguições e graves violações de direitos humanos. Ainda de acordo com a agência, cerca de 1% da população mundial está deslocada. Desse total, 40% são crianças.

*Com Agência Brasil 

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