Pentágono confirma morte de general dos EUA em ataque no Afeganistão

  • Por Agencia EFE
  • 05/08/2014 16h03
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Washington, 5 ago (EFE).- O Pentágono confirmou nesta terça-feira que um general americano morreu e pelo menos 15 integrantes da Missão da ONU no Afeganistão (Isaf) ficaram feridos em um ataque perpetrado na base de Camp Qargha, em Cabul, por um soldado afegão, que também morreu.

“Posso confirmar que um indivíduo que acreditamos que era um soldado afegão disparou contra um grupo de tropas da coalizão na Universidade Nacional de Defesa Marshal Fahim National”, assegurou o almirante John Kirby, porta-voz do Pentágono em entrevista coletiva.

Kirby disse acreditar que este general de duas estrelas é o militar americano de maior categoria morto em um ataque desde os atentados de 11 de setembro de 2001, nos quais morreu outro general americano de três estrela.

O almirante acrescentou que também houve “pelo menos 15 feridos como consequência do atentado, incluindo alguns americanos”.

Desde Cabul foi informado que entre eles há sete americanos, cinco britânicos e um alemão.

“Muitos foram gravemente feridos, outros de caráter leve. O atacante foi abatido”, indicou o porta-voz americano, que assegurou que existe uma investigação em andamento para determinar as circunstâncias do ataque.

Kirby precisou, no entanto, que o ataque aconteceu em uma “visita rotineira” à Academia de Oficiais do Exército Nacional Afegão, administrada pelo Reino Unido.

Por sua vez, o porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest, assinalou em sua entrevista coletiva diária que o presidente americano, Barack Obama, foi informado sobre o ocorrido pelo general Joseph Dunford, comandante das tropas da Otan no Afeganistão.

Earnest acrescentou que apesar dos “progressos” na saída dos EUA do conflito no Afeganistão, o atentado é “uma dolorosa lembrança do sacrifício de nossos homens e mulheres uniformizados pelo país”.

Este é o segundo ataque deste tipo neste ano, após a morte em fevereiro de dois soldados da Missão da ONU no Afeganistão (Isaf) a mãos de dois desconhecidos que vestiam o uniforme das forças de segurança afegãs.

O conflito no país asiático se encontra em um dos momentos mais sangrentos desde a invasão americana que propiciou a queda do regime fundamentalista talibã no final de 2001 e a poucos meses da retirada da Isaf no final de ano. EFE

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