PMEs podem criar “novo ciclo de relações econômicas” entre Brasil e Espanha

  • Por Agencia EFE
  • 28/11/2014 22h08
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Barcelona, 28 nov (EFE).- O secretário espanhol de Estado de Cooperação Internacional e para a região ibero-americana, Jesús Gracia, previu nesta sexta-feira que nos próximos anos pode ocorrer um novo ciclo nas relações econômicas entre Espanha e Brasil protagonizado pelas pequenas e médias empresas.

Gracia participou, em Barcelona, de um encontro empresarial hispano-brasileiro organizado pelo Grupo de Líderes Empresariais (LIDE) e o grupo Doria com o propósito de fomentar os vínculos econômicos, comerciais, políticos e culturais dos dois países.

Esse fórum reuniu o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Mauro Borges, o embaixador da Espanha no Brasil, Manuel De la Cámara; o do Brasil na Espanha, Paulo César de Oliveira Campos; o ministro de Aviação Civil, Moreira Franco, e um amplo grupo de empresários brasileiros e espanhóis.

Moreira Franco apresentou o programa impulsionado pelo governo de Dilma Rousseff para que 95% dos cidadãos tenham um aeroporto a menos de 100 quilômetros de distância de sua cidade e assegurou que a atual rede aeroportuária brasileira é “absolutamente insuficiente”, e que o objetivo é fazer com que nos próximos anos haja no país 270 aeroportos regionais.

O encontro também teve a presença do ex-presidente do Governo espanhol José María Aznar, que defendeu a austeridade e a ortodoxia econômica como garantia de sucesso de um país e citou como exemplo disso o Brasil.

Por sua vez, Jesús Gracia, em seu discurso, destacou o peso crescente do Brasil na ordem internacional como grande potência global e ressaltou as enormes oportunidades que podem surgir de um aprofundamento das relações bilaterais em todos os âmbitos.

Ele previu que nos próximos anos poderia haver condições de um novo ciclo nas relações econômicas bilaterais, movido pela criação de uma rede de alianças entre pequenas e médias empresas e pelo aumento dos investimentos brasileiros na Espanha, por meio da internacionalização da economia brasileira.

Gracia apontou como uma das questões pendentes de melhora as trocas comerciais, às quais a Espanha dá particular relevância apostando no futuro das negociações entre a União Europeia e o Mercosul.

Para a Espanha, o Brasil não é só um parceiro econômico e comercial, é um aliado estratégico fundamental, diz o comunicado do Ministério das Relações Exteriores espanhol no qual se lembra que o Brasil sempre foi um interlocutor chave em temas globais.

Esse papel ganha maior importância após a recente eleição da Espanha como membro não permanente do Conselho de Segurança para 2015-2016. Além disso, o Brasil é citado como um interlocutor fundamental no âmbito latino-americano no comunicado.

O texto conclui que a Cúpula Ibero-Americana de Veracruz (México) da próxima semana “representará o fechamento de um processo de reformas que pretende reafirmar o ibero-americano no mundo”. EFE

nac/id

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