Polícia diz que invasão a sítio do presidente de Alerj foi tentativa de assalto
Dois suspeitos de invadir a fazenda do presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), deputado Paulo Melo (PMDB), no último sábado (21), já tinham mandados de prisão expedidos contra eles por roubo e furto. Segundo a Polícia Civil, os irmãos Bruno José Caetano e Milton Rodrigo Caetano são suspeitos de integrar uma quadrilha que, nos últimos meses, já participou de mais de 60 assaltos a sítios e fazendas no sul fluminense e nas regiões serrana e dos Lagos.
Os passos do grupo vêm sendo monitorados pelo delegado Mário Roberto Arruda, de Resende, no sul do estado, há três meses. Oito suspeitos de integrar a quadrilha já haviam sido presos pela polícia, e um adolescente foi apreendido. Os irmãos Caetano estavam foragidos. “Eles não eram violentos. Em todos esses roubos com eles praticavam, eles até tratavam bem as vítimas”, disse Arruda.
O delegado Carlos Eduardo Pereira, de Rio Bonito, cidade onde fica a fazenda de Paulo Melo, descarta que a invasão ao sítio do deputado tenha sido um atentado. Para ele, os criminosos entraram no local apenas para roubar joias, dinheiro e objetos.
“Houve uma abordagem [dos criminosos aos policiais que faziam a segurança de Paulo Melo]. Nessa abordagem, houve um susto, em razão do armamento que um dos policiais portava, e, diante disso, a reação dos marginais [atirando nos policiais]”, disse Pereira, ao se referir aos policiais militares cedidos à Alerj, que faziam a segurança do parlamentar.
O delegado conta que, no tiroteio, os dois policiais foram atingidos, sendo um com dois tiros e o outro, com um. Ao perceber a invasão, Paulo Melo tentou se esconder e fraturou o pé.
Depois do tiroteio, conta Pereira, os criminosos fugiram para o mato e se esconderam por algumas horas, quando, então, invadiram outro sítio para furtar objetos e se alimentar. Em seguida, fugiram da cidade.
Na última segunda-feira (23), policiais civis encontraram os dois suspeitos circulando, pela Baixada Fluminense, no mesmo carro usado no assalto. Durante a perseguição, houve um tiroteio e um terceiro ocupante do carro, identificado como João Sérgio Cabral Neto, morreu baleado.
Segundo a polícia, Neto também integrava a quadrilha de assaltantes e, segundo Pereira, há indícios de que tenha participado da tentativa de assalto à fazenda de Paulo Melo, atuando como motorista do grupo.
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