Polícia do caso Madeleine procura homem que abusou de meninas
Londres, 19 mar (EFE).- A polícia britânica que investiga o desaparecimento da menina Madeleine McCann em Portugal em 2007 informou nesta quarta-feira que procura homem que abusou sexualmente de cinco meninas em apartamentos da região portuguesa do Algarve entre 2004 e 2006.
Segundo declarou hoje o detetive Andy Redwood, promotor do caso Madeleine, trata-se de um homem moreno, de cabelo escuro, que aparentemente entrou à força em 12 apartamentos de veraneio onde ficavam famílias britânicas entre 2004 e 2010, embora os ataques tenham acontecido até 2006.
Em alguns desses incidentes, cinco meninas de entre 7 e 10 anos de idade foram vítimas de agressões sexuais nos apartamentos.
Os ataques, segundo a polícia, aconteceram entre 2004 e 2006, antes do desaparecimento de Madeleine, em 3 de maio de 2007 no apartamento do complexo turístico onde a família McCann se hospedava na Praia da Luz, no Algarve (sul de Portugal).
O caso do intruso não foi relacionado ao de Madeleine pelos policiais portugueses, já que as agressões aconteceram em uma região muito ampla do sul de Portugal, acrescentou.
Em declaração, Redwood disse hoje que localizar esse homem, que “tem um interesse insano por meninas brancas”, é prioritário.
Segundo o detetive, o intruso falava inglês com sotaque estrangeiro, pausadamente, e foi visto por várias famílias vestido com uma camisa roxa de manga longa.
Redwood insistiu na necessidade de encontrar o homem para estabelecer se está ou não relacionado ao desaparecimento de Madeleine.
A equipe que trabalha no Reino Unido no desaparecimento da menina britânica investiga atualmente 38 pessoas consideradas “de interesse” para a pesquisa e revisa detalhes de 530 pedófilos conhecidos, alguns de nacionalidade britânica.
Madeleine, cujo caso gerou um enorme interesse midiático, não havia cumprido quatro anos quando desapareceu.
Os detetives que trabalham no caso já viajaram para Portugal para buscar a colaboração de seus colegas portugueses.
Como parte da investigação, a Scotland Yard enviou 30 cartas a vários países europeus para solicitar informação, apesar de não dar detalhes dessas mensagens.
No ano passado, o programa “Crimewatch” da emissora “BBC”, que ajuda a resolver crimes, dedicou uma edição a Madeleine e apresentou fotos digitais de um possível suspeito, visto no local na noite em que a menor desapareceu.
As forças da ordem estão convencidas de que o desaparecimento de Madeleine foi planificada e concentram sua investigação nos movimentos de pessoas entre as 20h30 e as 22h, quando a mãe da menina, Kate McCann, descobriu que sua filha não estava no quarto onde a tinha deixado dormindo antes de sair para jantar com seu marido, Gerry McCann, em um restaurante próximo.
Madeleine desapareceu enquanto seus pais jantavam em um restaurante do complexo turístico.
As autoridades portuguesas abandonaram o caso em 2008, mas a Scotland Yard começou a revisá-lo em 2011 e, no ano passado, reabriu oficialmente a investigação.
A decisão da Scotland Yard de iniciar sua própria pesquisa oficial, à margem da polícia portuguesa, aconteceu depois que o primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, aceitou em 2012 um pedido dos McCann para revisar o caso. EFE
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