Polícia grega envia reforços a ilhas do mar Egeu por crise migratória

  • Por Agencia EFE
  • 12/08/2015 19h18

Atenas, 12 ago (EFE).- A polícia da Grécia enviou nesta quarta-feira reforços à ilha grega de Kos para enfrentar a crise migratória que ontem provocou enfrentamentos entre os agentes e um grupo de imigrantes ilegais, que esperavam sua vez para se registrarem e obterem documentos de viagem.

12 oficiais das forças policiais especializadas em migração, incluído um que fala árabe, viajaram à ilha grega para acelerar o procedimento de identificação dos sete mil imigrantes e refugiados que esperam receber documentação.

Além disso, 250 agentes foram para Kos e para outras ilhas do leste do mar Egeu, como Lesbos e Samos, depois de algumas brigas ontem entre as centenas de imigrantes e refugiados que esperavam para se registrar e a polícia, que usou extintores e cassetetes para conter a confusão.

Durante a longa espera em um estádio de futebol habilitado para prover papéis aos recém-chegados, algumas pessoas desmaiaram por causa da aglomeração e das altas temperaturas e outras gritaram em protesto contra a falta de comida, as más condições de higiene e de alojamento e a dificuldade para obter os documentos que os permitam sair do país.

Nas últimas semanas um grande número de imigrantes ilegais chegou às turísticas ilhas do mar Egeu, onde estão acampados até poderem chegar à Grécia continental e continuar sua viagem até o centro da Europa.

Segundo dados apresentados na semana passada pela Agência das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur), nos primeiros sete meses de 2015 desembarcaram 124 mil refugiados e imigrantes ilegaisna Grécia, principalmente nas ilhas de Kos, Lesbos, Jíos, Samos e Leros, próximas à costa da Turquia.

Só em julho 50 mil pessoas chegaram à Grécia vindas de Síria, Afeganistão, Iraque, Eritreia e outros países, mais do que em todo o ano passado, e um aumento de 20 mil em relação a junho.

Este aumento fez com que os desembarques no país tenham subido 750% entre 1º de janeiro e 31 de julho em comparação com o mesmo período do ano passado.

A vice-ministra de Imigração, Tasia Jristodulopulu, anunciou que até o final de 2015 o governo deve criar 2.500 vagas em um centro de alojamento temporário perto da capital, para alojar imigrantes ilegais, pois um grande grupo se instalou em acampamentos improvisados em Atenas, onde não há das condições mínimas.EFE gdj/cd

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.