Polícia Militar diz que tenente-coronel é “isento e imparcial”

  • Por Estadão Conteúdo
  • 07/09/2016 11h04

Manifestantes pedem novas eleições durante ato na Avenida Paulista 

Rovena Rosa/Agência Brasil Protesto - Ag. Brasil

A Polícia Militar de São Paulo afirmou ontem que “não há indícios” de que as opiniões do tenente-coronel Henrique Motta teriam interferido em seu “trabalho técnico, que tem se mostrado isento e imparcial”. O tenente-coronel compartilhou no Facebook um texto ironizando uma manifestante que perdeu a visão de um olho após um protesto contra o governo Temer em São Paulo.

“O fato de ter e de expressar uma opinião política não implica ações parciais, tanto é que inúmeros jornalistas, por exemplo, manifestam nas redes sociais posicionamentos políticos, mas não deixam de exercer suas funções nos respectivos veículos de comunicação”, diz a nota da Secretaria de Segurança Pública do Estado.

No texto, a PM informa ainda que “respeita a liberdade de expressão e o direito de opinião, desde que não configure crime. Isso vale também para os seus integrantes”.

O episódio envolvendo o coronel, que atua no comando do policiamento das manifestações na capital paulista, causou reação. Em seu perfil oficial na rede social, Motta compartilhou uma postagem com dois tuítes da estudante Debora Fabri, de 19 anos, que perdeu a visão de um olho.

Em um tuíte, de novembro de 2015, ela defende “qualquer ato de qualquer destruição em protesto” com “objetivos políticos sólidos”. Em outro, ela informa que deixou o hospital após perder a visão. Na imagem, há uma montagem com o texto: “Quem planta rabanete colhe rabanete.”

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