Advogado diz que Mauro Cid ‘não vai dedurar’ Bolsonaro

Cezar Bittencourt afirma que o tenente-coronel vai falar à Polícia Federal apenas sobre a venda do relógio de luxo: ‘Estava cumprindo ordens’

  • Por Jovem Pan
  • 18/08/2023 14h48 - Atualizado em 18/08/2023 14h51
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TON MOLINA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO Mauro Cid Nesta terça-feira, 11, a CPMI do 8 de Janeiro ouve o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro

O advogado Cezar Bittencourt recuou e afirmou nesta sexta-feira, 18, o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens da Presidência da República, “não vai dedurar” o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e vai falar apenas sobre a suposta venda do relógio de luxo nos Estados Unidos, não sobre o conjunto de joias. “Não é verdade que, em primeiro lugar, que o Cid vai dedurar o Bolsonaro. E, segundo lugar, é que era o relógio e as joias. (…) Eu não disse que foi a mando de Bolsonaro e também não disse que estava entregando ou dedurando Bolsonaro. (Cid) era apenas um assessor, estava cumprindo ordens”, afirmou Bittencourt em entrevista a Globo News. Em mais de uma fala, o advogado reiterou que Mauro Cid deve falar apenas sobre “uma joia”. “A responsabilidade é do Cid, ele assume. Mas, evidentemente, Cid não teria interesse em comprar e vender Rolex”, disse Bitencourt.

Como o site da Jovem Pan mostrou, ex-ajudante de ordens da Presidência da República deve prestar novo depoimento à Polícia Federal (PF) para assumir que vendeu joias nos Estados Unidos e depois entregou o dinheiro em espécie ao ex-presidenteJair Bolsonaro (PL). Em entrevista à Jovem Pan News, Cezar Bittencourt declarou que os US$ 35 mil que entraram na conta do pai do tenente-coronel, Mauro César Lourena Cid, eram parte de pagamento feito a Bolsonaro. Ainda de acordo com Bittencourt, Mauro Cid dirá que fez tudo a mando do ex-presidente, o que ele voltou a confirmar nesta terça-feira. “Resolve esse problema do Rolex”, teria dito Bolsonaro a Mauro Cid. “Resolveram, vendeu o Rolex. Transportou parte do dinheiro. Chegou aqui em Brasília, não vai ficar com o que não é dele”, completou. Até então, Cid havia se mantido em silêncio sobre o caso. No dia 11 de julho, o ex-ajudante de ordens compareceu à CPMI do 8 de Janeiro e negou relação pessoal com o ex-presidente. Mauro Cid está preso desde maio, em Brasília, por suspeita de ter falsificado cartões de vacinação contra a Covid-19.

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