Advogado-Geral da União, José Levi anuncia saída do governo Bolsonaro

Após Ernesto Araújo e Azevedo e Silva, ministro é o terceiro a perder o cargo nesta segunda-feira, 29; André Mendonça, atual titular da pasta da Justiça, pode retornar à AGU

  • Por Giullia Chechia Mazza
  • 29/03/2021 18h12 - Atualizado em 29/03/2021 19h13
Wilson Dias/Agência Brasil Carta de demissão entregue ao presidente não informa o que motivou sua decisão

O advogado-Geral da União, José Levi, anunciou sua saída do governo federal nesta segunda-feira, 29. O ex-ministro entregou sua carta de demissão ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido), sendo o terceiro a perder o cargo ainda nesta tarde.”Com o meu elevado agradecimento pela oportunidade de chefiar a Advocacia-Geral da União, submeto à elevada consideração de Vossa Excelência o meu pedido de exoneração do cargo de Advogado-Geral da União”, registrou no documento recebido pela Jovem Pan, que não informa o motivo de sua saída. Os ministros das Relações Exteriores e da Defesa, Ernesto Araújo e Fernando Azevedo e Silva, também deixaram vagas suas cadeiras nesta segunda-feira.

Neste mês, Bolsonaro acionou o Supremo Tribunal Federal (STF) através de uma ação direta de inconstitucionalidade (ADI) contra os decretos do Distrito Federal, da Bahia e do Rio Grande do Sul, que determinam a aplicação de medidas mais rígidas no combate à pandemia de Covid-19. No entanto, o documento foi assinado apenas pelo presidente, e não pela Advocacia-Geral da União. Segundo fontes ligadas ao ministério, José Levi decidiu que a AGU não assinaria essa ADI, sendo este posicionamento decisivo para a demissão. Elas também apontam que o atual ministro da Justiça e Segurança Pública, André Mendonça, pode retornar à AGU. Após a confirmação da saída de Levi, Mendonça e Bolsonaro se reuniram no Palácio do Planalto.

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