Ministro da Defesa é demitido por Bolsonaro; Braga Netto deve assumir

Em nota oficial, general afirmou que deixará o cargo com ‘certeza de missão cumprida’; exoneração ainda não foi publicada no Diário Oficial da União

  • Por Jovem Pan
  • 29/03/2021 16h11 - Atualizado em 29/03/2021 17h58
Marcos Corrêa/PR Em nota oficial, general agradeceu ao presidente Jair Bolsonaro a oportunidade de servir o país

O ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, anunciou nesta segunda-feira, 29, que deixará o cargo. A Jovem Pan apurou com integrantes do Palácio do Planalto que a demissão foi um pedido do presidente Jair Bolsonaro – a exoneração do general ainda não foi publicada no Diário Oficial da União (DOU). Em nota oficial, o Azevedo e Silva afirmou que sairá do governo federal com a certeza de que cumpriu sua missão. “Agradeço ao presidente da República, a quem dediquei total lealdade ao longo desses mais de dois anos, e à oportunidade de ter servido ao país como ministro da Defesa. Nesse período, preservei as Forças Armadas como instituições de Estado. O meu reconhecimento e gratidão aos Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, e suas respectivas forças, que nunca mediram esforços para atender às necessidades e emergências da população brasileira. Saio na certeza de missão cumprida”, diz o texto. O mais cotado para assumir a pasta é o general Walter Braga Netto, ministro-chefe da Casa Civil.

Na tarde desta segunda-feira, 29, Azevedo e Silva se reuniu com Bolsonaro, por volta das 14h. A nota oficial não informa o motivo da decisão de Azevedo e Silva. Em sua agenda, consta um encontro ainda nesta tarde, às 14h, com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido). O anúncio de sua saída foi divulgado horas após o pedido de demissão do ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo. O nome do general foi cotado para compor o quadro ministerial do governo ainda na transição de mandatos, em 2018.

Fernando Azevedo e Silva foi chefe do Estado-Maior do Exército, um dos postos de maior prestígio na Força, e passou à reserva em 2018. À época do anúncio como ministro, Azevedo era assessor do então presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli. Era, portanto, um importante interlocutor do governo federal com o Judiciário.

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