Ala anti-Doria do PSDB busca nome para rivalizar com Garcia em eleição em SP
Tucanos que se opõem ao grupo do governador de São Paulo estudam abrigar o eventual escolhido no PSD, de Gilberto Kassab, que busca candidatura própria no maior colégio eleitoral do país
Uma ala do PSDB que se opõe ao governador de São Paulo, João Doria (PSDB), se articula para tentar viabilizar uma candidatura que possa concorrer com o vice-governador Rodrigo Garcia, escolhido pelo atual mandatário estadual para sucedê-lo, na eleição para o Palácio dos Bandeirantes em outubro deste ano. O grupo se reuniu na última semana em um restaurante da capital paulista para tratar sobre o futuro da legenda, que saiu rachada do processo interno de escolha do candidato tucano para a Presidência da República.
Entre os presentes no encontro estavam os senadores José Aníbal (SP), Tasso Jereissati (CE), o deputado federal Eduardo Cury (SP), o vereador Xexéu Trípoli e o prefeito de Santo André, Paulo Serra, que coordenou a campanha do governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, nas prévias do PSDB. Os tucanos buscam um nome alternativo porque acreditam que Garcia “não tem nada a ver” com a sigla. “Muita gente não se sente contemplado com a candidatura do Rodrigo”, disse à Jovem Pan um dos presentes. “É mais do mesmo, está dentro daquele grupo que só pensa em fazer parte dos acordos ‘dorianos'”, acrescenta, em crítica explícita a Doria.
O grupo quer amadurecer a ideia nas próximas semanas e deve realizar uma nova reunião nos próximos dias. Um dos caminhos idealizados pela ala anti-Doria para a eleição para o governo do Estado de São Paulo é abrigar o eventual nome escolhido no PSD de Gilberto Kassab. Segundo apurou a Jovem Pan, pelo menos dois nomes são aventados: os prefeitos Paulo Serra e Felicio Ramuth, de Santo André e São José dos Campos, respectivamente. Serra deixou o PSD e migrou para o PSDB em 2015; Ramuth, por sua vez, deve fazer o caminho inverso nos próximos dias. Kassab sonhava em abrigar o ex-governador Geraldo Alckmin em sua legenda, mas o ex-tucano, que deixou o PSDB após 33 anos, negocia uma dobradinha com o PT para compor a chapa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no pleito presidencial.
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.