Alcolumbre pede a Bolsonaro e Guedes prorrogação do auxílio no Amapá

Pedido ocorre em razão do apagão que atingiu o estado e deixou boa parte dos municípios sem energia elétrica; ‘população está sofrendo e precisa de ajuda e de respostas efetivas’, disse em publicação

  • Por Jovem Pan
  • 12/11/2020 15h23 - Atualizado em 12/11/2020 16h11
Pedro França/Agência Senado Benefício a pago a 37% da população do estado do Amapá

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), pediu ao presidente Jair Bolsonaro e ao ministro da Economia, Paulo Guedes, a prorrogação do pagamento do auxílio emergencial ao moradores do Amapá. A justificativa é o apagão que atingiu o estado e deixou a maioria dos municípios sem energia elétrica. Em uma publicação em suas redes sociais, Alcolumbre disse que a população “está sofrendo e precisa de ajuda e de respostas efetivas”. O pedido de Alcolumbre ocorre após o parlamentar agir para adiar as eleições municipais em Macapá, cidade onde seu irmão e suplente no Senado, Josiel Alcolumbre (DEM), é candidato a prefeito. Segundo a última pesquisa Ibope, divulgada na quarta-feira, 11, Josiel caiu nove pontos porcentuais em relação ao último levantamento, mas ainda lidera a corrida, com 26% das intenções de voto.

“Depois do apagão, nove dias atrás, o Amapá ainda não teve 100% da energia restabelecida. O sistema de rodízio impõe prejuízo e problemas. A população está sofrendo e precisa de ajuda e de respostas efetivas. Solicitei ao presidente Bolsonaro e ao ministro Paulo Guedes, que o auxílio emergencial seja prorrogado no Amapá. A situação aqui é dramática. Os amapaenses perderam a comida de um mês, tudo estragou nas geladeiras. As pessoas estão sofrendo. É dever do Estado socorrê-las”, diz a mensagem divulgada pelo presidente do Senado em seu perfil no Facebook.

De acordo com os dados disponibilizados pelo Ministério da Cidadania, comandado por Onyx Lorenzoni, o auxílio emergencial é pago a 321.787 pessoas no Amapá, o que equivale a 37% da população do estado. O pagamento está autorizado pelo decreto de calamidade pública, aprovado pelo Congresso, que termina no dia 31 de dezembro. Nesta quarta-feira, 12, o ministro Paulo Guedes afirmou, em um evento da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), que, se houver uma segunda onda de contágio pelo novo coronavírus no Brasil, a prorrogação do benefício será uma certeza. Guedes ressaltou, no entanto, que este não é o plano principal da equipe econômica. “O plano A para o auxílio emergencial é acabar em 31 dezembro e voltar para o Bolsa Família. A pandemia descendo, o auxílio emergencial vai descendo junto. A renovação do auxílio emergencial não é nossa hipótese de trabalho, é contingência”, disse.

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