Anderson Torres fica em silêncio durante depoimento à PF sobre invasões em Brasília

Ex-secretário de Segurança foi preso na último sábado, 14, após chegar de viagem nos Estados Unidos

  • Por Jovem Pan
  • 18/01/2023 12h31 - Atualizado em 18/01/2023 12h35
Wesley Amaral/Câmara dos Deputados Anderson Torres Anderson Torres é investigado por suspeita de leniência nos atos de vandalismo que ocorreram em Brasília no dia 8 de janeiro

O ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal e ex-ministro da Justiça, Anderson Torres, ficou em silêncio durante depoimento à Polícia Federal. A oitiva aconteceu na manhã desta quarta-feira, 18, no 4º Batalhão da Polícia Militar do DF. No entanto, o ex-secretário disse que não tinha informações para dar. Torres foi preso no último sábado, 14, após chegar ao Aeroporto de Brasília e se entregar à PF. Ele se encontrava em Orlando, na Flórida, e estava de férias com a família após ser nomeado o comandante da pasta no Distrito Federal.  Como a Jovem Pan mostrou, Anderson Torres é investigado por suspeita de leniência nos atos de vandalismo que ocorreram em Brasília no dia 8 de janeiro, quando as sedes dos três Poderes – Congresso Nacional, Palácio do Planalto e o prédio da Suprema Corte – foram invadidas e depredadas. A prisão dele foi decretada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), em 10 de janeiro. Na visão do magistrado, houve descaso e conivência do ex-secretário e o episódio de vandalismo aconteceu “mediante participação ou omissão dolosa”. “Em momento tão sensível da Democracia brasileira, em que atos antidemocráticos estão ocorrendo diuturnamente, com ocupação das imediações de prédios militares em todo o país, e em Brasília, não se pode alegar ignorância ou incompetência pela OMISSÃO DOLOSA e CRIMINOSA. A omissão das autoridades públicas, além de potencialmente criminosa, é estarrecedora, pois, neste caso, os atos de terrorismo se revelam como verdadeira “tragédia anunciada”, pela absoluta publicidade da convocação das manifestações ilegais pelas redes sociais e aplicativos de troca de mensagens, tais como o WhatsApp e Telegram”, pontuou Moraes em sua decisão.

 

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