Anulação de condenações de Lula desagrada aliados de Bolsonaro: ‘Ativismo do STF’

Ex-apoiadores de Bolsonaro e movimentos sociais também se manifestaram contra a decisão tomada por Edson Fachin

  • Por Jovem Pan
  • 08/03/2021 17h00 - Atualizado em 08/03/2021 17h03
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Estadão Conteúdo Lula Decisão gerou revolta entre aliados e ex-apoiadores de Bolsonaro

A decisão do ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), de anular as condenações do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no âmbito da Operação Lava-Jato repercutiu entre a classe política na tarde desta segunda-feira, 8. Enquanto representantes da esquerda comemoravam a decisão, políticos de direita e aliados do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) criticaram a medida, taxando-a de “ativismo do STF” e dizendo, entre outras coisas,  que o “Brasil segue afundando”. Até o momento, nem o presidente, nem seus filhos, se manifestaram sobre a decisão do ministro. Confira abaixo algumas reações:

Carlos Jordy – Deputado Federal (PSL-RJ)

Fernando Holiday – Vereador (Patriota-SP)

Arthur do Val – Deputado Estadual (Patriota-SP)

Apesar de não estarem mais ao lado de Bolsonaro, ex-apoiadores do presidente também utilizaram suas redes sociais para demonstras suas insatisfações em relação à decisão de Edson Fachin. Movimentos sociais e partidos que já apoiaram Bolsonaro também se manifestaram. Confira algumas reações.

Joice Hasselmann – Deputada Federal (PSL-SP)

Movimento Brasil Livre (MBL)

Kim Kataguiri – Deputado Federal (DEM-SP)

A Decisão

Com a decisão, o ex-presidente recupera os direitos políticos e volta a ser elegível. Fachin também determinou que os autos sejam remetidos à Justiça do Distrito Federal. Em sua decisão monocrática, Fachin, relator da Lava Jato no STF, entendeu que a 13ª Vara Federal não é competente para julgar e processar o petista. Na prática, estão anuladas as condenações dos casos do tríplex do Guarujá, do sítio em Atibaia, no interior de São Paulo, e do Instituto Lula. Em sua decisão, Fachin também declarou a perda de objeto de dez habeas corpus impetrados pela defesa de Lula que questionavam a conduta da Justiça, entre elas a suspeição do ex-juiz federal Sergio Moro. O pedido agora contemplado por Fachin foi apresentado no dia 3 de novembro de 2020 pelos advogados Cristiano Zanin e Valeska Martins.

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