Ao lado de Maia, Eduardo Paes diz que ‘o Rio está livre do pior governo de sua história’

O prefeito eleito do Rio de Janeiro discursou no início da noite deste domingo, 29; ele venceu o segundo turno das eleições municipais com 64% dos votos válidos enquanto Marcelo Crivella obteve 35%

  • Por Jovem Pan
  • 29/11/2020 20h06 - Atualizado em 29/11/2020 20h09
29/11/2020 - ESTEFAN RADOVICZ/AGÊNCIA O DIA/AGÊNCIA O DIA/ESTADÃO CONTEÚDO Eduardo Paes, eleito prefeito do Rio de Janeiro, discursa após a vitória ao lado de Rodrigo Maia, presidente da Câmara dos Deputados

O prefeito eleito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (DEM) discursou, ao lado do presidente da Câmara Rodrigo Maia, no início da noite deste domingo, 29. Ele comemorou a vitória contra Marcelo Crivella (Republicanos) e afirmou que a capital “está livre do pior governo de sua história” – o prefeito eleito também classificou a gestão Crivella como “a mais despreparada e preconceituosa”. “Independentemente da cor da sua pele, da sua fé, do que você acredita, hoje todos vocês estão livres para voltar a ver o Rio de Janeiro como a cidade da diversidade, que aceita a todos e abraça todos. O Rio vai dar certo e vamos voltar a olhar para o futuro com muita esperança”, disse. Paes ressaltou que está “mais maduro, mais experiente e preparado” – ele foi prefeito do Rio por dois mandatos consecutivos (de 2009 a 2017). “Gostaria de deixar uma mensagem clara: nos próximos quatro anos, vocês terão um prefeito que vai dar o sangue. A partir de hoje, vamos fazer o Rio dar certo”, declarou.

Paes disse ainda que espera contar com o apoio de Crivella para iniciar a transição de governo que, segundo ele, já poderá começar nesta segunda-feira, 30. “Temos um tempo mais exíguo de transição porque a pandemia atrasou as eleições, mas espero contar com o apoio e a gentileza do atual prefeito Marcelo Crivella para ter acesso aos dados da prefeitura. Espero que ele [Crivella] se dedique à cidade no seu último mês de governo”, disse. O prefeito eleito disse ainda que deve “buscar” pelo presidente Jair Bolsonaro e pelo ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, para obter ajuda no âmbito da pandemia na cidade e para o reequilíbrio das contas. “Vou buscar o presidente Bolsonaro e também o ministro da Saúde para que a gente tenha disponível, pelo menos, 450 mil testes destes que estão parados lá no governo federal. A prefeitura pode demandar isso, e pretendemos ainda reabrir, pelo menos, 100 leitos no hospital de Acari e outros 200 leitos, com o auxílio do governo federal e Maia [presidente da Câmara]”, explicou.

Em diversos momentos de seu discurso, Paes atacou a gestão Crivella, que obteve 907.740 (35,92%) votos, enquanto Paes teve 1.619.445 (64,08%) votos, com 99% das urnas apuradas. “É uma vitória importante e significativa. Todos que confiaram na nossa proposta queriam dar um ‘não’ muito contundente a esse governo reacionário que tomou conta e olhou a cidade com preconceito”, disse. Paes evitou comentar quais serão seus primeiros atos de governo, mas afirmou que o foco será na área da saúde por causa da pandemia do novo coronavírus. “O primeiro desafio se dará na área da saúde, na saúde pública, precisamos recuperar as clínicas da família para a vacinação e vamos anunciar isso a partir de amanhã. O mais importante é disponibilizar a rede de saúde para a população para evitarmos mortes. Se a gente comparar com São Paulo, teríamos 6 mil vidas que poderiam ter sido poupadas”, disse. Paes também comentou a reeleição de Bruno Covas na capital paulista e classificou a vitória como “a daqueles que confiam na boa política”.

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