‘Brasil vai atingir meta de 160 milhões de vacinados até dezembro’, diz Queiroga; veja como foi

Durante depoimento na CPI da Covid-19, ministro da Saúde também afirmou que ‘não é censor do presidente’ e evitou emitir ‘juízo de valor’ sobre as ações de Bolsonaro desde o início da crise sanitária

  • Por Jovem Pan
  • 08/06/2021 09h30 - Atualizado em 08/06/2021 18h03
CLÁUDIO MARQUES/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO O Ministro da Saúde Marcelo Queiroga com seus secretários concedem entrevista coletiva Queiroga volta à CPI depois de um mês; ministro será questionado sobre a Copa América no Brasil

A CPI da Covid-19 ouve, nesta terça-feira, 8, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga. É a segunda vez que o titular da pasta depõe à comissão – a primeira oitiva ocorreu no dia 6 de maio. Naquela ocasião, o médico cardiologista evitou avaliar a conduta pessoal do presidente Jair Bolsonaro, que promove aglomerações sem o uso de máscaras e prega o uso da cloroquina, remédio ineficaz para o tratamento do coronavírus, e defendeu a autonomia de Estados e municípios para decretar medidas restritivas de combate ao vírus. Desta vez, o ministro será questionado sobre a situação epidemiológica do Brasil, o cronograma da vacinação no país e os protocolos estabelecidos para a realização da Copa América – a partir do próximo domingo, 13, dez seleções vão disputar o torneio continental em quatro sedes: Brasília (DF), Cuiabá (MT), Goiânia (GO) e Rio de Janeiro (RJ).

Antes, porém, os senadores vão votar 24 requerimentos de informações e convocações que foram incluídos na pauta pelo presidente do colegiado, Omar Aziz (PSD-AM). Como a Jovem Pan mostrou, o grupo majoritário da CPI, o chamado G7, formado pelos sete parlamentares independentes e de oposição, miram o suposto “gabinete paralelo” que assessora Bolsonaro na elaboração de políticas de enfrentamento à crise sanitária. Os membros da comissão podem aprovar as quebras de sigilo telefônico e telemático do vereador Carlos Bolsonaro, filho do presidente Jair Bolsonaro, de Filipe Martins, assessor da Presidência da assuntos internacionais, citados como membros do suposto gabinete paralelo, de Ernesto Araújo (ex-ministro das Relações Exteriores), de Eduardo Pazuello (ex-ministro da Saúde), Fábio Wajngarten (ex-chefe da Secretaria de Comunicação da Presidência), de Mayra Pinheiro, secretária de Gestão do Trabalho e Educação na Saúde do Ministério da Saúde, de Carlos Wizard Martins, empresário, e de Marcos Eraldo Arnoud, conhecido como Markinhos Show, ex-marketeiro de Pazuello na pasta. Acompanhe a cobertura ao vivo da Jovem Pan: 

18:01 – Omar Aziz encerra a sessão 

Está encerrada a sessão da CPI da Covid-19. Nesta quarta-feira, 9, os senadores vão ouvir o depoimento do ex-secretário-executivo do Ministério da Saúde Élcio Franco Filho.

17:56 – Presidente da CPI pede que Queiroga convença Bolsonaro a se vacinar 

O presidente da CPI da Covid-19, Omar Aziz (PSD-AM), pediu ao ministro Marcelo Queiroga que tente convencer o presidente Jair Bolsonaro a se vacinar. Na avaliação do parlamentar, o gesto de um chefe de Estado tem um peso importante para conscientizar a população. “Muitas pessoas não foram se vacinar por causa da campanha negativa feita contra a vacina”, disse Aziz.

17:46 – Omar Aziz defende quebra de sigilo de auditor responsável por relatório que contesta mortes por Covid-19

O presidente Omar Aziz (PSD-AM) pediu ao senador Humberto Costa (PT-PE) que acrescente, no requerimento de convocação de Alexandre Figueiredo Costa Silva Marques, auditor do Tribunal de Contas da União (TCU), o pedido para a quebra de sigilo telemático. O servidor é apontado como responsável pela elaboração de um relatório que contesta o número de mortes por Covid-19. O documento falso foi citado pelo presidente Jair Bolsonaro – nesta terça-feira, em conversa com apoiadores, o chefe do Executivo federal admitiu o erro e disse que ele próprio teria produzido uma “tabela”, com base em “acórdãos” do TCU que alertaram sobre uma eventual supernotificação de mortes, para que Estados recebessem mais recursos para o combate à pandemia.

17:39 – Senador pede ‘diretriz’ para ampliação do horário de vacinação no país 

O senador Reguffe (Podemos-DF) pediu ao ministro da Saúde que ele elabore uma “diretriz” orientando Estados e municípios a estenderem os horários de vacinação. Ele sugeriu que, caso haja disponibilidade de doses, o imunizante possa ser aplicados de madrugada, aos finais de semana e nos feriados.

17:25 – Queiroga pedirá detalhamento mensal de entrega de vacinas ao Brasil 

Marcelo Queiroga afirmou que vai solicitar que o cronograma de vacinação do governo federal apresente as previsões mensais de entrega de vacinas ao Brasil, para dar mais transparência. Para o segundo semestre deste ano, são feitas estimativas trimestrais. O ministro da Saúde reforçou o compromisso de vacinar toda população acima de 18 anos até dezembro.

17:12 – Atraso no envio do IFA ocorre em razão da demanda mundial, diz Queiroga

O ministro da Saúde afirmou que possui boa interlocução com o embaixador da China no Brasil, Yang Wanming, e ressaltou que o atraso no envio do ingrediente farmacêutico ativo (IFA), matéria-prima necessária para a produção das vacinas contra a Covid-19, ocorre em razão da demanda mundial.

16:44 – STF marca sessão para decidir sobre suspensão da Copa América 

O Supremo Tribunal Federal (STF) marcou uma sessão virtual extraordinária para a análise de duas ações, movidas pelo Partido Socialista Brasileiro (PSB) e Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos, que pedem a suspensão da Copa América no Brasil – o torneio será disputado a partir do domingo, 13. O julgamento foi marcado pelo presidente da Corte, Luiz Fux, a pedido da ministra Cármen Lúcia, relatora do pedido do PSB. Em seu despacho, a magistrada destacou a “urgência e relevância do caso e da necessidade de sua célere conclusão”. Leia a reportagem da Jovem Pan. 

15:56 – Governador do Amazonas pede para não comparecer ou ficar em silêncio na CPI 

O governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), entrou com um pedido de habeas corpus no Supremo Tribunal Federal para não comparecer ou ficar em silêncio na CPI da Covid-19. A oitiva do gestor estadual está marcada para a quinta-feira, 10. No texto, o advogado Antônio Nabor Areias Bulhões afirma que a convocação “constitui ato inconstitucional e abusivo”. Leia a reportagem da Jovem Pan.

15:41 – ‘O senhor é voz isolada dentro do governo’, diz Omar Aziz a Queiroga

Diante da promessa do ministro da Saúde de imunizar toda a população vacinável até o final do ano, o presidente da CPI da Covid-19, Omar Aziz (PSD-AM), disse que Marcelo Queiroga é “uma voz isolada dentro do governo”. “Essa CPI já provou que o governo não quis comprar vacina”, afirmou, se referindo ao fato de o governo Bolsonaro ter ignorado ofertas do Instituto Butantan e da Pfizer, que forneceriam, no total, 130 milhões de imunizantes ao Brasil em dezembro de 2020.

15:38 – Queiroga: Brasil vai receber 200 milhões de doses da vacina da Pfizer até novembro

Marcelo Queiroga afirmou que o Brasil vai receber 200 milhões de doses da vacina da Pfizer até dezembro: o primeiro lote, de 100 milhões, será entregue até setembro. A outra metade será enviada ao país entre setembro e novembro. “É um compromisso que estamos firmando com base nos contratos assinados”, explicou.

15:08 – ‘Brasil vai atingir meta de 160 milhões de vacinados até dezembro’, diz Queiroga

O ministro da Saúde disse que o Brasil vai atingir a meta de 160 milhões de milhões de vacinados até dezembro. O vice-presidente da CPI, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), alertou que, para que isto ocorra, devem ser aplicadas cerca de 2,5 milhões de doses diárias – nas últimas 24 horas, por exemplo, segundo dados do Ministério da Saúde, 261.880 doses foram aplicadas.

15:00 – ‘Queiroga pisa em ovos para não contrariar o chefe’, afirma senadora 

Representante da bancada feminina na CPI da Covid-19, a senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA) foi ao Twitter comentar o depoimento de Marcelo Queiroga. “O depoimento de Marcelo Queiroga mostra que temos um ministro da Saúde que não manda nada. O ministro não teve autonomia para contratar Luana Araújo e também não tem para demitir a Mayra [Pinheiro, secretária do Ministério da Saúde], omite-se sobre as aglomerações do presidente da República. Pisa em ovos para não contrariar o chefe. Falta coragem”, escreveu.

14:51 – ‘Neymar e Casemiro não precisam do salário da CBF’, diz Omar Aziz sobre Copa América 

Omar Aziz (PSD-AM), presidente da CPI, perguntou ao senador Marcos Rogério (DEM-RO), aliado do governo, qual a diferença entre a realização da Copa América e de outros campeonatos, como os estaduais ou o Brasileirão. Aziz disse que os jogadores dos clubes nacionais precisam disputar as competições por causa do salário. “A Copa América é uma vaidade. O Neymar não precisa de salário da CBF para sobreviver. O Casemiro, que é o capitão [da seleção brasileira], não precisa”.

14:42 – Queiroga: Ministério da Saúde vai auxiliar Estados na elaboração de estudos sobre efetividade da Sputnik V

O ministro da Saúde afirmou que a pasta vai auxiliar os Estados na elaboração de estudos sobre a efetividade da Sputnik V, imunizante russo contra a Covid-19. Caso os resultados sejam favoráveis, a vacina será oferecida à toda a população. Em março deste ano, governadores do Nordeste formalizaram a compra de 37 milhões de doses da vacina. Na sexta-feira, 4, a Anvisa aprovou a importação temporária e excepcional da Sputnik V, mas com restrições para o seu uso no país.

14:32 – Alessandro Vieira vai representar contra governista por disseminação de informações falsas

O senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE), suplente da CPI da Covid-19, pediu a palavra ao presidente, Omar Aziz, e afirmou que vai representar contra o senador Luis Carlos Heinze (PP-RS). “Considerando o contexto que temos vivido na CPI, com reiteradas tentativas de desinformação, a repetição, apesar dos alertas feitos pela Mesa, de que documentos e dados que não correspondem à verdade estão sendo reiteradamente apresentados, informo que estou apresentando uma representação no Conselho de Ética em face do senador Heinze, amigo pessoal, mas que está prestando um desserviço ao, repetidamente, trazer informações falsas. A CPI e o Senado não podem se prestar a isso”, disse.

14:11 – Governista diz que Queiroga está sendo impedido de trabalhar 

O senador Eduardo Girão (Podemos-CE), aliado do Palácio do Planalto na CPI da Covid-19, disse que o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, está sendo impedido de realizar o seu trabalho à frente da pasta por ter que comparecer à comissão para falar sobre a realização da Copa América no Brasil.

13:41 – Senadora pergunta se Queiroga pediu que Bolsonaro visitasse hospitais 

A senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA), representante da bancada feminina, perguntou ao ministro da Saúde se ele pediu a Bolsonaro que ele visitasse hospitais durante a pandemia. Marcelo Queiroga disse apenas que sim, ressaltando que o presidente da República está “preocupado com a situação sanitária do Brasil”.

13:25 – Tasso: ‘Omissão, às vezes, é pior que uma decisão errada’

O senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) criticou o fato de o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, não se posicionar contra a postura do presidente Jair Bolsonaro, que promove aglomerações e não utiliza máscaras em agendas públicas. Para o tucano, o chefe do Executivo federal boicota as orientações dadas pelo Ministério da Saúde e o titular da pasta não se indigna, apenas consente. “A omissão, às vezes, é mais grave que uma decisão errada”, disse Jereissati.

13:11 – Depoimento é retomado 

O senador Otto Alencar retoma a sua fala. Ele pediu desculpas pelo bate-boca. “Se teve algo que foi além do tom, eu peço desculpas”, disse ao ministro da Saúde.

13:02 – Após bate-boca, sessão é suspensa por 10 minutos

Após um bate-boca entre o senador Otto Alencar (PSD-BA) e o ministro Marcelo Queiroga, o presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), suspendeu a sessão por 10 minutos. O titular da Saúde e o parlamentar da Bahia discutiram sobre a vacinação contra a Covid-19 no Brasil. Queiroga admitiu que não leu a bula de todas as vacinas que estão sendo aplicadas, mas ressaltou que isto não é razão para desqualificar o seu trabalho à frente da pasta. “O senhor está promovendo uma pseudo-vacinação no Brasil”, disse Alencar. “Eu distribuí 70 milhões de doses aos brasileiros”, rebateu, irritado, o médico cardiologista.

12:55 – ‘Governo foi tomado por uma corporação de mentirosos’, diz senador

O senador Otto Alencar (PSD-BA) disse ao ministro Marcelo Queiroga que o governo do presidente Jair Bolsonaro foi “tomado por uma corporação de mentirosos”.

12:42 – ‘Tem que impedir todos os jogos, então, senador’, diz Queiroga a petista 

O ministro Marcelo Queiroga voltou a dizer que a decisão sobre a realização da Copa América no Brasil não compete a ele. O senador Humberto Costa (PT-PE), que já foi ministro da Saúde, afirmou que a presença de delegações de nove países é um risco sanitário, citando o número de infectados registrados, por exemplo, no Campeonato Brasileiro de 2020. “Tem que impedir todos os jogos, então, senador”, rebateu o titular da Saúde.

12:39 – Terceira onda da Covid-19 ainda não está caracterizada, diz Queiroga 

Questionado pelo senador Humberto Costa (PT-PE) sobre uma eventual terceira onda de casos, o ministro da Saúde disse que esta hipótese “ainda não está caracterizada” e ressaltou que o Brasil está em uma segunda onda em platô. Queiroga pontuou, também, que que a abertura dos Estados e municípios e o movimento de pessoas geram um aumento de casos.

12:30 – Depoimento é retomado

Após um breve intervalo, sessão é retomada com a fala do senador Humberto Costa (PT-PE), titular da comissão.

12:20 – Sessão é suspensa por 15 minutos

O vice-presidente da CPI, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), suspendeu a sessão por 15 minutos.

12:10 – Queiroga diz que não adquiriu mais doses da CoronaVac porque ministério tem doses suficientes para o último quadrimestre 

O ministro da Saúde foi questionado pelo senador Renan Calheiros (MDB-AL) sobre os motivos pelos quais a pasta não adquiriu um novo lote, de 30 milhões de doses, da CoronaVac, desenvolvida pelo Instituto Butantan – este quantitativo foi informado à CPI pelo diretor do órgão, Dimas Covas. Marcelo Queiroga afirmou que tomou esta decisão porque o governo tem “doses suficientes para o último quadrimestre”. Além disso, o ministro ressaltou que a Saúde pretende priorizar a compra da ButanVac, vacina nacional, mas ainda não aprovada pela Anvisa.

11:35 – Governistas contradizem ministro da Saúde sobre presença de infectologistas no Ministério da Saúde 

Há pouco, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse que não há infectologistas no Ministério da Saúde. Os senadores governistas, porém, contradisseram a versão do cardiologista. “Há, sim”, afirmou Luis Carlos Heinze (PP-RS), integrante da tropa de choque.

11:18 – ‘Não há evidência comprovada da eficácia’ dos medicamentos do kit Covid, diz Queiroga

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou que “não há evidência comprovada da eficácia” da cloroquina, azitromicina e ivermectina, medicamentos do chamado “kit Covid”. O uso dos fármacos é defendido pelo presidente Jair Bolsonaro e pela secretária da Gestão do Trabalho e Educação na Saúde do Ministério da Saúde, Mayra Pinheiro, conhecida como “capitã cloroquina”. Na CPI, o “tratamento precoce” é uma bandeira da tropa governista.

11:09 – Queiroga explica dispensa da médica Luana Araújo e é repreendido por Aziz: ‘Não dá para achar que todo mundo aqui é doido’

Marcelo Queiroga disse que “não houve óbice formal” do Palácio do Planalto para a nomeação da médica Luana Araújo para o cargo de secretária extraordinário de enfrentamento à Covid-19. Os senadores, então, citaram uma declaração feita pelo ministro da Saúde à Câmara dos Deputados, onde afirmou que a escolha foi barrada porque não houve “validação política”, ressaltando que o Brasil vive um “regime presidencialista”. À comissão, Queiroga disse que a decisão de dispensá-la foi dele e que havia uma “divergência política na classe médica”. “Aí já é piada”, reagiu o senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE). Na sequência, Omar Aziz emendou: “Se o senhor não quisesse, não teria nem encaminhado à Casa Civil. Depois que encaminha é que o senhor vê que há divergência? A verdade é a seguinte, ministro: o senhor mesmo disse que é um regime presidencialista, [o nome da doutora Luana] chegou na Casa Civil, olharam os vídeos [com críticas à cloroquina], viram que ela não concorda com a doutora Mayra Pinheiro e optaram por ficar com a Mayra. É só falar, isso não vai mudar muita coisa da sua história junto ao ministério, que espero que seja vitoriosa. Mas não dá para achar que todo mundo aqui é doido ou que não prestou atenção ao que o senhor falou”.

10:59 – ‘Até sexta-feira devemos ter um nome para a secretaria de enfrentamento à Covid-19’, diz Queiroga

Marcelo Queiroga disse que “até sexta-feira” deve anunciar o nome do novo titular da Secretaria Extraordinária de Enfrentamento à Covid-19, posto ocupado por 10 dias pela médica Luana Araújo – a infectologista foi barrada pelo Palácio do Planalto por divergência ideológica. “Até sexta-feira devemos ter um nome”, afirmou o ministro da Saúde. “[O perfil que buscamos é] Alguém que tenha espírito público, qualificação técnica, conheça o Ministério da Saúde e possa me ajudar”, acrescentou.

10:53 – Queiroga diz não ter sido consultado sobre ação de Bolsonaro que contesta decreto de governadores no STF

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse ao relator, Renan Calheiros (MDB-AL), que não foi consultado pelo presidente Jair Bolsonaro ou pela Advocacia-Geral da União sobre a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) apresentada ao Supremo Tribunal Federal (STF) que questiona decretos de governadores que restringem a circulação de pessoas. “Meu papel não é discutir ADI, meu papel é vacinar a população brasileira”, afirmou.

10:34 – Queiroga: ‘Decisão de fazer a Copa América no Brasil não compete ao Ministério da Saúde’

Questionado pelo relator, Renan Calheiro, sobre a atuação do Ministério da Saúde na definição do Brasil como sede da Copa América, Marcelo Queiroga afirmou que sua função “nesse episódio não foi dar aval para acontecer a Copa América”.  “O presidente [Jair Bolsonaro] me pediu que avaliasse os protocolos da CBF e da Conmebol. São protocolos que permitem a segurança para a ocorrência dos jogos no Brasil. As autoridades dos Estados que aceitaram realizar os jogos estão de acordo com esse tipo de atividade. A fiscalização se dará por parte das autoridades sanitárias desses municípios. Não vejo, do ponto de vista epidemiológico, uma justificativa que fundamente a não ocorrência do evento. A decisão de fazer ou não o evento não compete ao Ministério da Saúde”, explicou.

10:28 – ‘Sou ministro da Saúde, não sou censor do presidente’, diz Queiroga 

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, volta a dizer que não fará “juízo de valor” sobre a conduta pessoal do presidente Jair Bolsonaro – esta, inclusive, foi a tônica do primeiro depoimento do cardiologista à CPI da Covid-19. “Sou ministro da Saúde, não sou censor do presidente”, afirmou Queiroga.

10:24 – ‘Toda a população brasileira vacinável estará imunizada até o fim do ano’, diz Queiroga

Questionado pelo relator, Renan Calheiros (MDB-AL), sobre a “mudança de curso” promovida pelo Ministério da Saúde no combate à pandemia, Marcelo Queiroga disse que a pasta ampliou “fortemente a campanha de vacinação”, assinou um contrato para a aquisição de mais 100 milhões de doses do imunizante da Pfizer, ponderou que há um contrato com a Moderna, para a aquisição de 100 milhões de doses, na “iminência de ser assinado”. “Isso nos dá a certeza de que a população vacinável brasileira estará vacinada até o final do ano”. O emedebista também reproduziu vídeos do presidente Jair Bolsonaro promovendo aglomerações sem o uso de máscaras. “As medidas não farmacológicas são para todos, sem exceção. O cuidado é individual, mas o benefício é de todos. O Ministério da Saúde tem, de maneira clara, se manifestado neste sentido”, respondeu.

10:18 – Renan Calheiros: ‘Queiroga volta à CPI após depoimento repleto de omissões’

Relator da CPI da Covid-19, o senador Renan Calheiros disse que o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, volta à comissão “após um depoimento repleto de omissões e algumas tentativas de não responder a o que nós havíamos lhe perguntado”, o que tornou sua reconvocação “inevitável”. O titular da pasta foi ouvido pela primeira vez no dia 6 de maio e, à época, disse que não faria “juízo de valor” acerca da conduta pessoal do presidente Jair Bolsonaro.

10:14 – Omar Aziz anuncia calendário de oitivas de governadores 

O senador Omar Aziz (PSD-AM) divulgou o calendário de depoimentos dos governadores à CPI da Covid-19. Na quinta-feira, 10, será ouvido Wilson Lima, governador do Amazonas. No dia 16 de junho, será a vez do ex-governador do Rio de Janeiro Wilson Witzel. Na sequência, as reuniões ocorrerão nas seguintes datas: Helder Barbalho (PA), no dia 29 de junho; Wellington Dias (PI), no dia 30 de junho; Ibaneis Rocha (DF), no dia 1º de julho; Mauro Carlesse (TO), no dia 2 de julho; Carlos Moisés (SC), no dia 6 de julho; Antônio Denarium (RR), no dia 7 de julho; Waldez Góes (AP), no dia 8 de julho.

10:08 – Queiroga omite dados da vacinação no Brasil a cada 100 habitantes

Em sua exposição inicial, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse que o Brasil é o terceiro país que mais aplicou vacinas contra a Covid-19, segundo dados do portal Our World in Data. O chefe da pasta omite, porém, que o país ocupa a 66ª posição no ranking de doses aplicadas a cada 100 habitantes.

09:45 – Omar Aziz fala sobre onda de violência em Manaus 

Ex-governador do Amazonas e ex-secretário de Segurança Público do Estado, o senador Omar Aziz fala sobre a onda de violência em Manaus. Desde o final de semana, a cidade está sob ataque de facções criminosas, que incendiaram ônibus e viaturas da Polícia Militar, e causaram o fechamento de escolas. Ele lembra que, na segunda-feira, 7, foi cobrado pelo presidente Jair Bolsonaro a se manifestar sobre o caso, mas já havia entrado em contato com o ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, no domingo, 6. O governador do Amazonas, Wilson Lima, solicitou o envio de tropas da Força Nacional ao Estado.

09:38 – Girão volta a pedir a convocação de prefeitos e ex-prefeitos 

O senador Eduardo Girão (Podemos-CE), integrante da tropa de choque do governo na CPI, voltou a pedir a inclusão de requerimentos de convocação de prefeitos e ex-prefeitos na pauta da comissão. No fim do mês de maio, em uma sessão deliberativa, o parlamentar defendeu a ida dos gestores municipais e foi chamado de “oportunista” pelo presidente do colegiado, Omar Aziz.

09:31 – Requerimentos não serão votados nesta terça 

Os requerimentos de informação e de convocação, incluídos na pauta pelo presidente da comissão, não serão votados na sessão desta terça-feira, 8. De acordo com o Omar Aziz, os senadores vão definir se os pedidos serão analisados na quarta-feira, 9, ou na quinta-feira, 10.

09:30 – Sessão é iniciada 

O presidente da CPI da Covid-19, Omar Aziz (PSD-AM), deu início aos trabalhos da comissão.

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.