Após retorno de Ibaneis, defesa de Anderson Torres vai pedir revogação de prisão do ex-ministro

Governador do Distrito Federal recebeu autorização nesta quarta-feira, 15, para retornar ao cargo; ex-secretário de Segurança foi preso em 14 de janeiro

  • Por Caroline Hardt
  • 16/03/2023 16h08 - Atualizado em 20/03/2023 12h54
  • BlueSky
WILTON JUNIOR/ESTADÃO CONTEÚDO Anderson Torres Anderson Torres foi preso em 14 de janeiro após determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal

A defesa do ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública, Anderson Torres, vai pedir a revogação da sua prisão na próxima semana. À reportagem do site da Jovem Pan, o advogado Rodrigo Roca disse entender que a autorização do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), para o retorno do governador Ibaneis Rocha (MDB) ao cargo no Distrito Federal vai contribuir para uma “nova reflexão a respeito da prisão cautelar”. “Muito positivo o retorno do Governador Ibaneis às suas funções, o que, certamente, também contribuirá para uma nova reflexão a respeito da prisão cautelar [de Torres], que ainda o mantém afastado da sua família”, escreveu.

Como a Jovem Pan mostrou, Alexandre de Moraes determinou a volta imediata de Ibaneis Rocha ao cargo no Palácio do Buriti, sede do Governo do Distrito Federal, por entender que não há “indícios de que estaria buscando obstaculizar ou prejudicar os trabalhos investigativos, ou mesmo destruindo evidências”. “No presente momento – não permanecem presentes os requisitos para a manutenção da medida de suspensão do exercício da função”, disse Moraes em trecho da decisão. O governador estava afastado do cargo desde 9 de janeiro, um dia após os atos de depredação de prédios públicos em Brasília, o que também motivou a prisão de Anderson Torres, então secretário de Segurança Pública do DF no momento da invasão dos Três Poderes.

Torres está preso desde 14 de janeiro por suposta “omissão”. Nesta quinta-feira, 16, Anderson Torres prestou depoimento ao Tribunal Superior Eleitoral, em investigação que investiga o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação pelo encontro com os diplomatas, e pode tornar o ex-mandatário inelegível. O objetivo era ouvir o ex-ministro a respeito da minuta que previa intervenção na Justiça Eleitoral, encontrada em operação de busca e apreensão realizada pela Polícia Federal em sua residência.

  • BlueSky

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.