Após veto de Bolsonaro, Caiado anuncia distribuição de absorventes em Goiás

Governador é um dos poucos gestores estaduais aliados do Palácio do Planalto; decisão do presidente da República foi amplamente criticada e deve ser derrubada no Congresso

  • Por Jovem Pan
  • 08/10/2021 17h35
Alan Santos/PR Homens de terno em evento público Entre todos os governadores, Caiado é um dos poucos aliados do Palácio do Planalto

Um dia depois do veto do presidente Jair Bolsonaro ao projeto de lei que estabelece a distribuição gratuita de absorventes femininos a estudantes de baixa renda, pessoas em situação de rua ou de vulnerabilidade extrema, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), anunciou, na tarde desta sexta-feira, 8, que a rede pública do Estado irá fornecer os itens de higiene íntima. Entre todos os gestores estaduais, Caiado é um dos poucos aliados do Palácio do Planalto. “Nossas jovens estão fugindo da aula por não terem condições de ter um absorvente. Situações como essa não podem ser motivo de desequilibrar a vida delas. Já determinei à secretária de Educação e ao secretário de Desenvolvimento Social que façam isso para todas as alunas da rede pública e mulheres em vulnerabilidade social”, diz Caiado em um vídeo publicado em suas redes sociais.

Como a Jovem Pan mostrou, o veto de Bolsonaro, que deve ser derrubado pelo Congresso, foi criticado por parlamentares de diversos partidos. Também nesta sexta-feira, o líder do PSDB na Câmara dos Deputados, Rodrigo de Castro (MG), afirmou que os tucanos votarão para tornar sem efeito a decisão do presidente da República. A apoiadores, o mandatário do país disse que foi “obrigado a vetar” porque o projeto, de autoria da deputada federal Marília Arraes (PT-PE), não apresentava a fonte de custeio. No entanto, o texto previa o uso da verba destinada ao Sistema Único de Saúde (SUS). “No Congresso, trabalhamos e conquistamos a união de parlamentares de todos os partidos. Debatemos, estudamos e negociamos, inclusive com a base do governo, para que tudo fosse feito de forma correta e apontamos as fontes de onde viriam os recursos. Esse veto é um ato de misoginia extrema, de desconexão com a realidade”, escreveu a petista em um post em seu perfil no Instagram.

 

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