Bia Kicis e Cabo Junio Amaral têm perfis suspensos nas redes sociais: ‘Basta de tirania’
Deputados culpam ministro Alexandre de Moraes por bloqueios e pedem atitude ‘séria, drástica e imediata’ de Arthur Lira e Rodrigo Pacheco
Os deputados federais Bia Kicis (PL-DF) e Cabo Junio Amaral (PL-MG) tiveram seus perfis suspensos no Twitter nesta segunda-feira, 5. Ao acessar ambas as contas, uma mensagem da plataforma afirma que “conta retida em resposta a uma demanda judicial”. Em vídeos publicados no Instagram, única rede social da parlamentar que continua vigente, Kicis afirma que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), também atual presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), determinou o bloqueio dos perfis “sem dar explicações”. “Não recebi nenhuma notificação, nem meus advogados. Não sei se veio do Supremo, do TSE. Só sei que veio do Alexandre de Moraes”, disse a deputada, que fala em censura parlamentar, interferências entre poderes e acusa o ministro “fechar o Parlamento”. “Basta de tirania. Agora, precisamos que Arthur Lira e Rodrigo Pacheco tomem atitudes sérias, porque esse Parlamento está sendo colocado de joelhos e fechado pelo STF e TSE. É uma tirania, já vivemos um estado de exceção”, argumenta Kicis, que pede uma “atitude séria, drástica e imediata”.
Embora afirme não ter conhecimento sobre o motivo dos bloqueios, Bia Kicis admite ter “desconfiança” de que a suspensão tenha sido motivada pela participação dela e do deputado Cabo Junio Amaral de uma audiência pública no Senado Federal. Além do Twitter, a parlamentar também afirma que seus contas em outras plataformas, como o Facebook e o Telegram, também foram retidas e seu perfil no Instagram também deve ser desativado. “O Xandão mandou bloquear todas as minhas redes sociais. Logo mais tudo estará fora do ar”, afirma nos vídeos. Além de Kicis e Amaral, outros deputados eleitos ou com mandato já tiveram seus perfis suspensos por decisão judicial. Também nas redes sociais, Cabo Junio falou que o “justotalitarismo dominou” e que “sequer apontam o fato e muito menos permitem defesa”. Assim como a colega, ele cobra o presidente do Senado Federal e do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco, de uma atitude e ressalta: “Sua cumplicidade não ficará de graça”.
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