Bolsonaro ataca Barroso após ministro mandar instalar CPI da Covid-19: ‘Falta-lhe coragem moral’

Presidente afirmou que decisão é uma jogada casada entre o ministro do STF e a bancada da esquerda do Senado para ‘desgastar o governo’

  • Por Jovem Pan
  • 09/04/2021 11h27 - Atualizado em 09/04/2021 18h12
Liamara Polli/Dia Esportivo/Estadão Conteúdo Com a máscara no queixo e a mão direita apontada para cima, em sinal de arma, Jair Bolsonaro caminha em Chapecó O presidente Jair Bolsonaro desafiou Luis Roberto Barroso a determinar a instalação de processos de impeachment contra ministros do STF

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) criticou, nesta sexta-feira, 9, a decisão do ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou, na quinta-feira, 8, que o Senado instale a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19. Segundo Bolsonaro, a CPI, na verdade, seria contra ele. “O Barroso, monocraticamente, determinou que o Senado Federal instale a CPI Covid contra o presidente Jair Bolsonaro. É exatamente isso. Não é para apurar desvio de recursos de governadores, é para apurar omissões do governo federal”, disse o presidente, que afirmou que a decisão é uma jogada casada entre o ministro do STF e a bancada da esquerda do Senado para “desgastar o governo”.

Em seguida, Bolsonaro relembrou os processos de impeachment que correm no Congresso contra ministros da Corte. “Lá dentro do Senado tem processo de impeachment contra ministro do Supremo Tribunal Federal. Eu quero saber se o Barroso terá coragem moral de mandar instalar esse processo de impeachment também”, apontou. “Barroso se omite ao não determinar ao Senado a instalação, mesmo a pedido de mais de 3 milhões de brasileiros. Falta-lhe coragem moral e sobra-lhe imprópria militância política”, postou Bolsonaro em suas redes sociais ao compartilhar o vídeo de sua fala a apoiadores nesta sexta. O presidente ainda ameaçou o magistrado. “Barroso, nós conhecemos seu passado, sua vida, como chegou ao Supremo Tribunal Federal, inclusive defendendo o terrorista Cesare Battisti”, apontou. “Use a sua caneta para boas ações em defesa da vida e do povo brasileiro, e não para fazer politicalha dentro do Supremo”, completou.

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