Bolsonaro é criticado após posar para foto com placa ‘CPF cancelado’

Imagem foi registrada na sexta-feira, 23, quando o presidente participou do programa ‘Alerta Nacional’; Jandira Feghali, Boulos e José de Abreu estão entre os nomes que desaprovaram o registro

  • Por Jovem Pan
  • 25/04/2021 17h05 - Atualizado em 25/04/2021 17h09
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Imagem: Reprodução/Redes sociais Presidente posa para foto com placa 'CPF cancelado' No dia em que Bolsonaro posou para o registro, o Brasil acumulou 386.416 mortos pela Covid-19 

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) posou para uma foto após participar do programa “Alerta Nacional” nesta sexta-feira, 23. Na imagem, rodeado por seus ministros, o presidente aparece ao lado do apresentador da atração, Sikêra Jr., segurando a placa “CPF cancelado”. A gíria é frequentemente utilizada por Sikêra Jr. em referência à morte de criminosos. Alvo de grande repercussão nas redes sociais, a foto foi compartilhada por parlamentares de oposição ao governo, que usaram a imagem para disparar críticas ao presidente.

“Este é o presidente que segura uma placa de ‘CPF cancelado’, enquanto milhares de brasileiros estão morrendo diariamente por Covid-19. Bolsonaro debocha enquanto o brasileiro agoniza sem oxigênio, sem vacina, sem remédio para intubação, sem alimento dentro de casa e sem emprego”, publicou o deputado federal David Miranda (PSOL). O parlamentar Alessandro Molon (PSB) afirmou que a foto representa “o retrato do desprezo à vida em meio aos quase 400 mil mortos por covid-19 no Brasil”. A petista Jandira Feghali analisou que a imagem “é muito mais grave do que parece” porque “Bolsonaro não apenas ironiza mortes. A placa ‘CPF Cancelado’ é usada por grupos pró-violência e extermínio policial. Ou seja: Bolsonaro defende publicamente essas práticas”.

Além dos deputados, figuras que não estão no Congresso também criticaram a foto. “‘CPF cancelado’ é uma gíria usada por milícias e grupos de extermínio para comemorar mortes. Bolsonaro não é presidente da República. É um miliciano”, disse o ex-candidato à Presidência, Guilherme Boulos (PSOL). O ator José de Abreu também se pronunciou, afirmando que a gíria escrita na placa “quer dizer cidadão morto na linguagem miliciana”. No dia em que Bolsonaro posou para o registro, o Brasil acumulou 386.416 mortos pela Covid-19

 

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