Bolsonaro estuda nomear senador do PL para o Ministério do Turismo

Integrante da tropa de choque governista na CPI da Covid-19, Jorginho Mello (PL-SC) se diz um ‘soldado pronto para a batalha’

  • Por André Siqueira
  • 28/07/2021 14h44 - Atualizado em 28/07/2021 19h18
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Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado Homem com terno de cor clara e máscara sentado Jorginho Mello é pré-candidato ao governo do Estado de Santa Catarina

A reforma ministerial do governo Bolsonaro deve ter novos capítulos em breve. Depois de ceder a Casa Civil para o senador Ciro Nogueira (PP-PI), o presidente da República estuda nomear o senador Jorginho Mello (PL-SC) para o Ministério do Turismo, hoje comandado por Gilson Machado. A informação foi confirmada à Jovem Pan por três auxiliares do Palácio do Planalto. Integrante da tropa de choque governista na CPI da Covid-19, Mello é filiado ao PL, partido de Valdemar Costa Neto, expoente do Centrão. A sigla já emplacou a deputada federal Flávia Arruda (PL-DF) na Secretaria de Governo (Segov), responsável pela articulação política. A escolha do parlamentar de Santa Catarina representaria mais um afago às legendas que dão sustentação ao governo no Congresso. O movimento ocorreria depois de o Progressistas, legenda presidida por Nogueira, ser agraciado com a pasta mais importante da Esplanada.

Ainda segundo apurado pela reportagem, neste cenário, o ministro do Turismo, Gilson Machado, voltaria para o comando da Embratur (Instituto Brasileiro de Turismo), posto ocupado por ele antes de ser nomeado para um cargo na Esplanada dos Ministérios. Procurado pela Jovem Pan, o senador Jorginho Mello afirmou, via assessoria de imprensa, que há a possibilidade de assumir o Turismo. Ele destacou, no entanto, que não foi formalmente procurado pelo presidente Jair Bolsonaro. O parlamentar se diz apto para o eventual desafio e afirma: “Sou um soldado pronto para a batalha”. Aos 65 anos, Mello é pré-candidato ao governo do Estado de Santa Catarina. Como a Jovem Pan mostrou, há alguns meses, parlamentares vinham cobrando do Palácio do Planalto uma maior aproximação com o Senado.

Em outros momentos da gestão, deputados foram agraciados com ministérios e postos importantes da República. São os casos, por exemplo, de Tereza Cristina (ministra da Agricultura, eleita pelo DEM do Mato Grosso do Sul), Onyx Lorenzoni (ministro do Trabalho e Previdência, eleito pelo DEM do Rio Grande do Sul), Marcelo Álvaro Antonio (ex-ministro do Turismo, eleito pelo PSL de Minas Gerais), Fábio Faria (ministro das Comunicações, eleito pelo PSD do Rio Grande do Norte). É no Senado, também, que a CPI da Covid-19 avança contra o governo – a comissão foi instalada para apurar as ações e omissões do Planalto no enfrentamento da pandemia e expôs membros e ex-integrantes da gestão, como Elcio Franco Filho e Eduardo Pazuello.

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