Bolsonaro sai do 7 de setembro fortalecido e com ‘imagens para turbinar propaganda’
Cientista político e aliados do presidente da República avaliam que presidente está mais forte do que os instituto de pesquisas apontam e dizem acreditar em eventual vitória dele no primeiro turno das eleições
Analistas políticos e aliados do presidente Jair Bolsonaro (PL) avaliam que a comemoração dos 200 anos da Independência do Brasil, que teve atos em favor da reeleição do mandatário em Brasília, São Paulo e no Rio de Janeiro, foi positiva para a campanha eleitoral dele, fortalecendo a imagem do presidente e rendendo fotos e vídeos para propaganda. Em entrevista ao vivo para o Jornal da Manhã, da Jovem Pan News, nesta quinta-feira, 8, o cientista político da Fundação da Liberdade Econômica Paulo Kramer afirmou que a militância bolsonarista fica mais animada com as cenas vistas na última quarta-feira, 7, e que os atos devem fazer Bolsonaro crescer nas pesquisas de intenções de votos de institutos traidicionais. “O primeiro impacto será no viés de comprovação para a militância pró-Bolsonaro de que eles estão no caminho certo e de que é preciso mais esforços para convencer o parente, o amigo, o vizinho, o colega de trabalho de que é preciso reeleger o presidente. Em consequência disso, eu acredito que, apesar de todos os problemas que nós já conhecemos dos institutos de pesquisas, eles virão com números mais turbinados, reforçando uma tendência que nós já temos visto, no sentido de que o Lula está, atualmente, empacado no seu teto enquanto Bolsonaro vai se aproximando (…) O presidente está com excelentes imagens de vídeo para turbinar a sua propaganda eleitoral no chamado horário eleitoral gratuito, que não é gratuito coisa nenhuma, que nós sabemos, é uma renúncia fiscal, é bom o telespectador ficar sempre alerta sobre isso, ele vai ter boas imagens para transmitir. Isso animou ainda mais a militância pró-Bolsonaro. E, acredito eu que vá turbinar também, não sei até que ponto, os números das pesquisas”, afirmou Kramer.
Políticos aliados de Bolsonaro também comentaram os atos de 7 de setembro, como foi o caso do candidato a vice do presidente, o general Walter Braga Netto (PL), que afirmou que os movimentos mostram a força do bolsonarismo e contradizem os resultados das pesquisas, que apontam o presidente na segunda colocação. Ele ainda afirmou acreditar que a chapa com Bolsonaro deve vencer o pleito no primeiro turno, em 2 de outubro. “Eu nunca vi tanta gente em Brasília e aqui no Rio numa manifestação como essa. Na minha avaliação sim [sobre a vitória em primeiro turno]. O que eu vejo nas pesquisas não é o que eu estou vendo na rua”, afirmou para a Jovem Pan.
O deputado federal Capitão Augusto (PL-SP), vice-presidente nacional do PL, partido de Bolsonaro, disse que se surpreendeu com a quantidade de pessoas mobilizadas nas ruas. “Esperávamos um público muito grande, mas a adesão foi surpreendente. Isso é altamente positivo”, disse. “Os atos de hoje devem refletir nas pesquisas, sim. Muitos eleitores tendem a votar em quem está mais forte, quem demonstra essa força. Às vezes o pessoal não quer analisar o candidato. Quando essa pessoa vê muita gente na rua, ela é influenciada por isso”, acrescenta o parlamentar, que também lidera a Frente Parlamentar da Segurança Pública do Congresso Nacional, também chamada de Bancada da Bala.
Já o deputado federal Coronel Tadeu (PL-SP) diz que a adesão aos atos mostra que o povo brasileiro está consciente da “guerra sem sangue que estamos travando”. Ele também falou em “DataPovo”, ao se referir a uma forma pessoal e não científica de analisar o desempenho dos presidenciáveis. “Hoje, os brasileiros do bem foram às ruas manifestar apoio a Bolsonaro. Por certo, Bolsonaro está na frente das pesquisas. E, no dia 2, a melhor pesquisa vai ser divulgada quando as urnas forem fechadas”, disse. A deputada Carla Zambelli (PL-SP) concordou e apostou na vitória de Bolsonaro no dia 2: “Deu para perceber que a vitória é do Bolsonaro”. O líder do governo na Câmara dos Deputados, Ricardo Barros (PP-PR), disse à Jovem Pan que as manifestações devem levar o presidente à reeleição. “Tenho absoluta convicção de que esse exército vai levar o presidente à vitória”, comentou.
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