Campanha de Tarcísio vê distância maior para Garcia e projeta segundo turno contra Haddad

Pesquisas internas apontam candidato do Republicanos 8 pontos à frente do tucano; segundo Ipec, adversários estão tecnicamente empatados

  • Por André Siqueira
  • 21/09/2022 14h52
ALOISIO MAURICIO/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO Candidatos riem em evento de campanha Fernando Haddad (PT) e Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos) conversam durante debate na TV

O alto escalão da campanha do ex-ministro da Infraestrutura Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos) ao governo de São Paulo afirma que a distância do candidato apoiado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) para o atual governador, Rodrigo Garcia (PSDB), é maior do que a apontada pelos institutos. Segundo pesquisas de consumo interno, os chamados trackings, o candidato do Republicanos está cerca de 8 pontos à frente do tucano. Levantamento divulgado pelo Ipec (ex-Ibope) na noite da terça-feira, 20, Tarcísio tem 22%, ante 18% de Garcia, o que configura uma situação de empate técnico no limite da margem de erro, de dois pontos percentuais, para mais ou para menos. Segundo nomes influentes do comitê da campanha de Tarcísio, o ex-ministro sustenta uma vantagem maior sobre Garcia porque conseguiu avançar sobre o eleitorado tucano, em especial no interior de São Paulo, e porque as pesquisas tradicionais, do Ipec e do Datafolha, por exemplo, ainda não capturaram o efeito da associação do candidato ao atual chefe do Executivo federal. Quando o eleitor é apresentado à informação de que Gomes de Freitas é o candidato do mandatário do país, dizem, o patamar de votos sobe para a casa dos 30%.

Em razão do cenário apontado pelos trackings, a campanha não vê espaço – nem tempo hábil – para que o governador de São Paulo ultrapasse Tarcísio nos 11 dias que antecedem o primeiro turno da eleição, marcada para o dia 2 de outubro. Se o prognóstico se confirmar, o segundo turno será disputado com o ex-prefeito Fernando Haddad (PT), que lidera, segundo o Ipec, com 34% dos votos. O diagnóstico é endossado, inclusive, pelo ex-ministro. Em uma conversa reservada recente com um interlocutor, o candidato do Republicanos sentenciou: “Se não ocorrer nada sobrenatural e se fizermos tudo direitinho, não tem como virar”.

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