Castro desembarca em Brasília para definir futuro do aeroporto do Galeão

Rio de Janeiro espera definição do governo federal sobre administração do terminal; governador tem reunião com o presidente Lula, no Palácio do Planalto

  • Por Brasília
  • 12/06/2023 11h04 - Atualizado em 12/06/2023 12h43
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WILTON JUNIOR/ESTADÃO CONTEÚDO - 30/06/2017 fila de carros na região do aeroporto Galeão Concessionária Rio Galeão ainda não definiu se continuará operando o Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro

O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), chega em Brasília nesta segunda-feira 12, para mais uma rodada de reuniões sobre o futuro do Aeroporto Internacional Tom Jobim, o Galeão. Castro tem reunião programada com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para o fim da tarde, no Palácio do Planalto, e uma previsão de agenda com o ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França. O governador e o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, têm pressa sobre a definição da administração do Galeão, hoje operada pela concessionária RIOGaleão, controlada pela empresa Changi.

No ano passado, a Changi manifestou a intenção de devolver o terminal, e o processo sobre como ficará a administração do aeroporto se desenrola desde então, envolvendo tratativas entre o Estado e a cidade do Rio de Janeiro. A empresa chegou a oficializar a renúncia da concessão. Logo depois, o governo federal tentou acordo para a manter a concessionária. Diante da oferta, a empresa disse que voltaria atrás na condição de serem revistas cláusulas do contrato. Entre as tratativas, a Changi pede que a União conceda o desconto da outorga do período da pandemia de Covid-19, mas o ministro Márcio França já negou a possibilidade. Agora, a questão esbara também em entraves jurídicos, já que o Tribunal de Contas da União (TCU) deu pareceres divergentes sobre a possibilidade de desfazer o processo de devolução. A Changi deu o prazo até o dia 31 de maio para se manifestar se continua ou não  à frente do aeroporto.

“Nós não podemos ficar reféns deles. Se quiserem ir embora, vão, se quiserem ajeitar, ajeitem a questão”, disse o governador do Rio de Janeiro, em evento do Fórum Brasileiro de Energia, há duas semanas, na capital fluminense. Na ocasião, ele disse que daria o prazo de 15 dias ao governo federal para resolver o impasse. Caso o Ministério de Portos e Aeroportos e a União não entrem em consenso sobre a concessão do aeroporto, a administração do Galeão ficará por conta da Infraero até uma nova abertura de oferta de licitação.

A situação do aeroporto internacional do Rio de Janeiro preocupa as autoridades locais, já que a operação no terminal caiu acentuadamente nos últimos anos. O Galeão chegou a embarcar 17 milhões de passageiros em 2014, mas, em 2022, terminou o ano com 5,9 milhões de usuários. Com isso, a proposta dos governos estadual e municipal é limitar os voos operados em Santos Dumond, na ponte aérea Rio-São Paulo-Brasília, desafogando o terminal e estimulando as atividades no Galeão.

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