‘Coligações não têm nada a ver com favorecer partido grande ou pequeno’, diz relatora da reforma eleitoral
Renato Abreu acredita que a pauta será aprovada também no Senado, confirmando decisão da Câmara dos Deputados
A deputada Renata Abreu, relatora da reforma eleitoral, acredita que a pauta sobre as coligações deve passar no Senado apesar das declarações do presidente da Casa, Rodrigo Pacheco. O tema está sendo considerado após a derrota do distritão para as eleições de 2022. “O grande debate se deu porque, com o fim das coligações nas eleições municipais, gerou um aumento significativo no número de candidatos que se mostrou incompatível com o sistema de financiamento público. Nós aprovamos porque era importante que se desenvolvesse alguma maneira de diminuir o número de candidatos para que isso se tornasse mais compatível.” Em entrevista ao Jornal da Manhã – 2ª Edição, da Jovem Pan, ela negou que a adoção das coligações favoreça alguém.
“Na verdade, a coligação foi defendida, inclusive, por partidos grandes. Os pequenos fazem chapinhas. Então, as coligações não têm nada a ver com favorecer partido grande ou pequeno, na minha leitura.” Renata Abreu acredita que, agora, vai existir uma pressão da Câmara em cima do Senado porque acordos partidários foram feito para que conseguissem chegar a um meio termo. “Existe uma tendência sempre, no que diz respeito às questões eleitorais, da Câmara confirmar o Senado e vice-versa. Seria um desgaste para as Casas se o Senado não respeitar a decisão da Câmara no que diz respeito as questões proporcionais”, explicou. A parlamentar lembrou que as coligações já existem para cargos majoritários, como presidente e Senado. “Se a lógica é que coligar dois partidos que não tenham afinidade ideológica não faz sentido, então não poderia coligar na majoritária também. Se vai proibir, proíbe para tudo”, finalizou Renata Abreu.
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