Comentarista do Linha de Frente questiona o PT por ação contra a Jovem Pan: ‘O que aconteceu com a esquerda?’
Comentarista revelou que um dirigente da sigla ameaçou expulsá-lo da legenda por defender a emissora; um processo chegou a ser aberto na Comissão de Ética do partido, segundo o comentarista
A determinação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) contra a Jovem Pan ganhou mais um episódio nesta sexta-feira, 21. Durante o programa Linha de Frente, o comentarista Leonardo Grandini, que é filiado ao Partido dos Trabalhadores (PT), revelou que um dirigente da sigla ameaçou expulsá-lo da legenda por defender a emissora. Ele lamentou a postura do partido lembrando que a liberdade de expressão sempre foi defendida pela esquerda e questionou o motivo pelo qual a ação foi movida. “Vou me dirigir a você que tem um viés mais progressista, à esquerda, social-democrata ou até mesmo socialista. Liberdade de expressão sempre foi um princípio defendido e resguardado pela esquerda brasileira. O que aconteceu com a esquerda? E por que isso aconteceu? E mais uma vez eu peço desculpas, inclusive àqueles que romperam em dado momento com o PT e eu critiquei. Como Ciro Gomes, por exemplo, que é uma figura de esquerda. Mas uma figura ilibada e também passou por essa situação ao denunciar certos comportamentos por parte da cúpula petista, que não condizem com os valores que eu defendo e com os valores democráticos. Evidente que não passei a ser Bolsonarista e a ser de direita. Agora, o fogo amigo e os absurdos que acontecem dentro dessa ala, da esquerda brasileira, é um completo absurdo e me pronuncio sim. Porque tenho voz. Não dependo de partido algum. E mais uma vez : saio, se tiver que sair, e com a cabeça erguida”, comentou. Segundo ele, um processo foi aberto na Comissão de Ética do PT. Grandini se posicionou contra a decisão da Corte Eleitoral de proibir a emissora de falar livremente sobre o ex-presidente e candidato à Presidência da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que disputa a eleição contra o atual presidente Jair Bolsonaro (PL). A ação foi movida pela campanha de Lula e acatada pelo corregedor-geral do TSE, Benedito Gonçalves.
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.