‘CPMI não tem investigado de estimação’, diz Arthur Maia sobre possível convocação de militares
Em entrevista sobre os inícios dos trabalhos da comissão, presidente da comissão do 8 de Janeiro disse que não olhará para ‘patente ou cargo’, mas promete frustrar quem tentar criar ‘fato político’
O presidente da CPMI do 8 de Janeiro, deputado federal Arthur Maia (União-BA), disse nesta quarta-feira 31, que não haverá resistência da mesa de trabalho da comissão de colocar em apreciação requerimentos de convocação de militares na condição de investigados. “A CPMI não tem por que distinguir investigados. Não tem por que ter investigado de estimação. Se tiver que investigar quem quer que seja, a patente ou o cargo é o que menos vai influenciar”, afirmou durante entrevista coletiva após se reunir com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSB-MG). Ao lado da relatora da CPMI, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), Maia disse que o colegiado já recebeu mais de 600 requerimentos, entre pedidos de oitiva, quebras de sigilos e compartilhamentos de dados e documentos sigilosos.
Segundo ele, a análise de cada requerimento de convocação levará em conta o real objetivo da solicitação, evitando a presença de depoentes com propósitos políticos. “O que levará um requerimento em apreciação ou não é a pertinência. Obviamente que se a pessoa convoca alguém que não tem nada a ver, apenas para criar um fato politico, eu penso que não teria nenhum sentido essa convocação”, afirmou. O presidente da CPMI voltou a dizer que pretende convocar reuniões da CPMI entre duas a três vezes por semana, devido ao volume de requerimentos já recebidos. E aposta que, após a apresentação do plano de trabalho, previsto para esta quinta-feira 1º, iniciará as sessões com as oitivas de requerimentos que começarão a ser apreciados.
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