Cúpula do PSL se reúne com Alckmin para tratar sobre possível filiação ao novo partido
Ex-governador de São Paulo tem sido cortejado pelo PSD, de Gilberto Kassab, e aparece na liderança da corrida pelo Palácio dos Bandeirantes
Enquanto caminha para sacramentar a fusão com o DEM, a cúpula do PSL segue se movimentando nos bastidores para tentar viabilizar candidaturas nos principais Estados do país. Na noite desta quarta-feira, 29, o vice-presidente nacional do PSL, deputado federal Júnior Bozzella (SP), se encontrou com o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin, que deve sair do PSDB nos próximos meses. A reunião durou cerca de três horas e ocorreu em São Paulo. Segundo apurou a Jovem Pan, o principal assunto da conversa foi a possível filiação do ainda tucano ao União Brasil, partido que surgirá da fusão do Democratas com o Partido Social Liberal.
Na conversa com Bozzella, Alckmin sinalizou que ainda não definiu o seu futuro. O ex-governador de São Paulo tem sido cortejado pelo PSD, do ex-ministro Gilberto Kassab, e aparece na liderança da corrida pelo Palácio dos Bandeirantes. Segundo pesquisa Datafolha divulgada no dia 19 de setembro, o tucano tem 26% das intenções de voto, seguido pelo ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad, do PT, que tem 17%. Esta não foi a primeira conversa entre os dois. Recentemente, o parlamentar e o ex-gestor estadual se encontraram em uma agenda na região do Alto Tietê. Desta vez, porém, houve uma conversa “olho no olho”.
O vice-presidente nacional do PSL ressaltou que o novo partido negocia outras duas opções para a disputa de São Paulo. Uma das possibilidades seria apoiar a candidatura do atual vice-governador do Estado, Rodrigo Garcia (PSDB). Neste caso, a futura legenda pleitearia a condição de vice na chapa. Outro cenário no radar seria lançar o deputado estadual Arthur do Val (Patriota), o Mamãe Falei, como candidato ao governo paulista. Procurado pela reportagem, Bozzella destacou que a sigla trata o assunto com cautela. “Especificamente em São Paulo, maior colégio eleitoral do país, a decisão tem que ser mais cautelosa e assertiva do ponto de vista eleitoral. Não se pode errar nesta decisão. Precisamos analisar para saber qual candidatura será a mais viável”, disse à Jovem Pan.
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