Datena anuncia desistência de pré-candidatura ao Senado: ‘Estarei com meu público’
Apresentador de televisão afirmou que sua decisão baseia-se na ‘hostilização’ de grupos radicais e reafirmou seu compromisso com a democracia
O apresentador de televisão, José Luiz Datena (PSC), anunciou nesta quinta-feira, 30, que desistiu de sua pré-candidatura ao Senado Federal por São Paulo. Em seu programa, o comunicador alegou que sua decisão de abrir mão da corrida à Casa Legislativa baseia-se na ‘hostilização’ de grupos radicais e que sua defesa pela democracia permanecerá independente da corrida eleitoral. “Existem muitas arenas por ai e muitos conhecem a minha. Estarei sempre com meu público”, afirmou. A quarta desistência de Datena – que abandonou outras corridas a cargos de prefeito de São Paulo, vice-prefeito da capital paulista e Senador – ocorre horas após o presidente Jair Bolsonaro (PL) confirmar que o apresentador teria o seu apoio na chapa junto a Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos), pré-candidato ao governo paulista. “Eu estou com o Datena lá [em São Paulo], fechei com o Datena. Está em outro partido e há críticas, assim como tem gente que critica o Tarcísio e que critica a mim. Não dá para a gente pacificar o negócio”, declarou o mandatário.
Consequências políticas
A saída de Datena da corrida ao Senado abre brechas para acertos entre outros partidos, isso porque o apresentador liderava as pesquisas de intenção de voto para a Casa Legislativa. Segundo levantamento realizado pela EXAME/IDEIA, realizada entre os dias 3 e 8 de junho e com a participação de 1.200 eleitores no Estado de São Paulo, o apresentador era o pré-candidato preferido de 19% dos eleitores no cenário estimulado. Em segundo lugar, encontra-se Márcio França (PSB) com 14%. A saída do comunicador abre a possibilidade do ex-governador paulista assumir a liderança na corrida ao Senado. França e o Partido dos Trabalhadores atualmente vivem um impasse. O político deseja concorrer ao cargo de governador – junto com o candidato petista Fernando Haddad (PT) – e a sigla tenta convencer Márcio a integrar a chapa estadual como candidato ao Senado. Com Datena fora, aumentam as chances do acordo ser sacramentado.
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