Defesa de Torres recorre e diz ao STF que não há mais justificativas para manutenção da prisão preventiva
Torres está preso desde 14 de janeiro; defesa alega estado de saúde debilitado e intenção do cliente em cooperar com as investigações
A defesa do ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres, solicitou nesta terça-feira, 2, a revogação da prisão preventiva determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). No recurso, os representantes pedem que, mesmo que a revogação não seja acatada, seu cliente possa seguir para a prisão domiciliar ou cumprir algum tipo de medida cautelar. Ex-ministro de Justiça do governo Bolsonaro, ele foi preso no dia 14 de janeiro por suposta omissão nos atos do 8 de Janeiro. De acordo com os advogados, Torres se encontra em debilitado estado mental e de saúde. “O que se busca no momento é assegurar o direito de Anderson Torres de responder por supostos crimes em liberdade, e demonstrar que nenhum dos requisitos da prisão cautelar, medida excepcional de acordo com a legislação brasileira, faz-se presente no caso concreto”, diz a defesa.
Os advogados alegam que o ex-secretário cumpre pena antecipada, que tem o interesse em cooperar nas investigações e que seu estado de saúde inspira cuidados, além de não ocupar mais cargo público. “Anderson Torres não ocupa mais cargo na administração do Distrito Federal, vem cooperando com as investigações, não oferece risco de fuga, possui residência fixa, ocupação profissional lícita, tem bons antecedentes, não representa um perigo para a sociedade, ao passo que não tem condições de interferir no curso das investigações ainda em andamento, que, a propósito, já caminham para a sua conclusão”.
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