Russomano mira eleitorado bolsonarista em debate para Prefeitura de SP

Atacado, candidato do Republicanos disse ser o único a ter proximidade com o presidente; atual prefeito, Covas também foi alvo

  • Por Jovem Pan
  • 02/10/2020 01h41 - Atualizado em 02/10/2020 01h49
ALOISIO MAURICIO/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO Debate contou com os 11 candidatos à prefeitura de São Paulo

Celso Russomano (Republicanos) foi o principal alvo dos outros 10 participantes do primeiro debate entre os candidatos à Prefeitura de São Paulo, transmitido pela TV Band. Joice Hasselman (PSL), foi a primeira a atacá-lo. A deputada lembrou da suspeita de que o parlamentar teria recebido R$ 50 mil não contabilizados da Odebrecht na campanha eleitoral de 2010. “O senhor conhece Itacaré?”, provocou, fazendo menção ao apelido que Russomano teria no sistema onde a construtora registrava o pagamento de propinas. Ele negou. Já Arthur do Val (Patriota) lembrou dos apoios aos governos anteriores do PT.

Russomano, porém, preferiu reforçar sua proximidade com Jair Bolsonaro, afirmando que é o “único candidato que tem amizade com o presidente”, disse. “Ele [Bolsonaro] pegou no meu braço e disse: ‘Celso, cuide de São Paulo. A gente precisa cuidar das pessoas que estão passando necessidade'”. Recentemente, o presidente sinalizou apoio à candidatura do deputado. Russomano evitou responder de forma direta, e citou a proposta de criar o auxílio emergencial paulistano, ideia questionada pelos oponentes.

Covas também foi alvo. Russomano explorou a compra de 500 tablets pela prefeitura, que foi barrada pelo Tribunal de Contas do Município (TCM). Ele foi questionado também sobre decisões tomadas pela administração municipal quando João Doria ainda era prefeito por Andrea Matarazzo (PSD). “O senhor abandonou o mandato de deputado federal para ser vice prefeito do Doria, que também abandonou a prefeitura para concorrer a governador”, disse. Covas alfinetou. “Eu queria lamentar uma pessoa tão inteligente como você ter se revelado tão amargo graças às derrotas que acumulou ao longo dos últimos anos”.

Jilmar Tatto trouxe à tona a polêmica da farinata, composto feito de alimentos próximos do prazo de validade que seria distribuído para moradores de rua. O “alimento” foi apelidado de “ração humana” pela população. Ele afirmou não ter vergonha de ser apoiado pelo ex-presidente Lula, e usou a criação do bilhete único, quando integrava a gestão Marta Suplicy, como triunfo quando questionado sobre os projetos para mobilidade urbana e transportes púbicos. Covas retrucou, dizendo que o projeto foi criado pela ex-prefeita, que atualmente apoia a sua candidatura.

 

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