Após derrota da terceira via, Cidadania anuncia apoio a Lula no 2º turno das eleições

Presidente da legenda, Roberto Freire falou em ‘riscos de escalada autoritária’ de Jair Bolsonaro em um segundo mandato

  • Por Jovem Pan
  • 04/10/2022 15h52 - Atualizado em 04/10/2022 15h55
Marcos Oliveira/Agência Senado Roberto Freire - Cidadania Presidente nacional do partido Cidadania, Roberto Freire

O Cidadania vai apoiar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no segundo turno das eleições de 2022. O anúncio foi feito nesta terça-feira, 4, pelo presidente nacional da legenda, Roberto Freire, depois de reunião da Executiva Nacional. Em uma série de mensagens no Twitter da sigla, o presidente afirmou que a decisão aconteceu “diante dos riscos de escalada autoritária de um segundo mandato do presidente Jair Bolsonaro“, candidato à reeleição pelo Partido Liberal. Segundo Freire, o atual chefe do Executivo representa valores contrários aos “princípios democráticos e republicanos, ao respeito às diferenças e aos direitos humanos, à defesa da ciência e da vida”. “Desprezo de Bolsonaro às minorias, a condução desumana e incompetente da pandemia, que resultou em centenas de milhares de mortos, suas reiteradas tentativas de cercear órgãos de investigação, os ataques à imprensa e a jornalistas, nada disso merece mais quatro anos”, exaltou o líder da legenda.

No primeiro turno das eleições, o Cidadania não teve candidatura própria, mas apoiou o nome de Simone Tebet (MDB) ao lado também do Partido da Social Democracia do Brasil (PSDB), compondo a chamada terceira via. Agora, na segunda etapa da votação, ainda que declare apoio a Luiz Inácio, o partido promete respeitar as posições individuais de militantes e dirigentes. “Não seria agora, nesse grave momento da vida nacional, que o partido assumiria a condição de mero espectador da realidade. É preciso derrotar Bolsonaro democraticamente”, finalizou Roberto Freire. Além do Cidadania, o Partido Democrático Trabalhista (PDT) também anunciou apoio à candidatura petista, inclusive com declaração pública do ex-ministro Ciro Gomes (PDT), que concorreu à Presidência da República e ficou em quarto lugar, com menos de 4% dos votos válidos.

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