Diretor do TRE-SP diz que uso da biometria para votar não tem a ver com agilidade, e sim com segurança

Claucio Corrêa falou que as filas registradas no primeiro turno das eleições 2022 estão ‘dentro da programação’

  • Por Jovem Pan
  • 02/10/2022 15h42 - Atualizado em 02/10/2022 19h28
WILTON JUNIOR/ESTADÃO CONTEÚDO biometria nas eleições Teste de integridade das urnas eletrônicas com uso da biometria de eleitores neste domingo, na Escola Canadense, em Brasília (DF)

O diretor-geral do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP), Claucio Corrêa defendeu neste domingo, 2, o uso da biometria nas eleições e falou que seu uso não está relacionado a agilidade, e sim a segurança. “Biometria não é um meio ágil de votar, é um meio seguro de votação”, ressaltou. O diretor-geral do TRE-SP diz que o procedimento serve para “garantir que o eleitor é de fato quem diz ser” e assim dar mais segurança ao resultado das eleições. Em 2019 houve uma grande campanha de cadastramento biométrico no Estado e ele está sendo colocado em uso agora, já que na eleição passado não foi utilizado por causa da pandemia. “Essa biometria está sendo testada, então é normal que haja uma certa demora nessa identificação e habilitação do eleitor na hora que ele vai votar”, defendeu. Durante o primeiro turno das eleições de votação, foram registradas inúmeras filas, algumas chegando até quatro horas. Nas redes sociais, eleitores de diversas cidades e Estados do país relatam dificuldades para o reconhecimento da biometria como principal razão dos atrasos, que variam de acordo com as seções eleitorais.

O uso da biometria na votação é uma orientação da Justiça Eleitoral e vale para todo o País. O processo ocorre em quatro tentativas. Se a máquina não fizer a leitura, o eleitor precisa informar a data de nascimento para confirmar sua identidade. A apresentação de um documento com foto também é obrigatória. “Toda eleição tem seu fluxo. Há eleitores que estão sendo identificados de uma maneira bem rápida, bem tranquila. Não são em todos os locais as filas. Isso depende da digital do eleitoral, do dinamismo que o mesário dá naquela identificação… Isso para gente está dentro do natural”, explicou. Atrasos por causa da biometria não vão afetar as pessoas que estiverem na fila até às 17h para votar, horário em que os portões fecham. “Ninguém vai ficar sem votar por causa da biometria”, ressalta o diretor-geral do Tribunal Regional Eleitoral de SP. Há estimativas que, caso seja necessário, as eleições se estendam até as 19h em alguns locais de São Paulo.

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