Lula diz não querer vingança em última campanha na TV; Bolsonaro chama petista de ‘ladrão’

Ex-presidente usa Alckmin para exaltar ideia de frente ampla, enquanto candidato do PL defendeu feitos da gestão federal

  • Por Jovem Pan
  • 29/09/2022 21h23 - Atualizado em 29/09/2022 21h23
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Montagem Jovem Pan: Flickr Lula Oficial/Ricardo Stuckert e Alan Santos/PR Montagem Lula Jair Bolsonaro Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL) disputarão o segundo turno das eleições presidenciais

A três dias do primeiro turno das eleições de 2022, a última campanha dos dois principais candidatos à Presidência da República no horário eleitoral gratuito na televisão reflete uma mudança de tom. Se nas peças divulgadas na última terça-feira, 27, a polarização e o acirramento das acusações imperava, agora, as campanhas focam em discursos mais amenos e buscam criar quase como uma conversa com o eleitor. A propaganda do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), por exemplo, divulgada nesta quinta-feira, 29, falou em acabar com o clima de ódio no Brasil e trazer – com as eleições – “a volta da paz ao nosso país”. Apresentando uma série de depoimentos de apoiadores anônimos e famosos, a campanha do Partido dos Trabalhadores (PT) defende o Brasil da esperança e do amor. A propaganda também trouxe fala de Geraldo Alckmin (PSB), candidato a vice-presidente, e de políticos de outros partidos, como Guilherme Boulos (Psol) e Mariana Silva (PV), para exaltar a ideia de uma frente ampla ao lado do ex-presidente. “Precisamos nos unir acima das diferenças. É essencial para a democracia brasileira. É mais do que mudar de governo, nós queremos mudar de realidade”, diz o vídeo. Em outros momentos, Lula conversa ainda diretamente com os espectadores, ressaltando que “não tem espaço para ódio ou vingança”. “Não tenho espaço para não acreditar que amanhã vai ser melhor”, afirma o ex-presidente, que completa: “Você vai ter que tomar a decisão de qual Brasil você quer. (…) Pense e escolha, está nas suas mãos”.

A campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL), por sua vez, não ficou atrás e também apresentou estratégia semelhante. Repetindo a mesma propaganda exibida durante o horário eleitoral das 13h, a peça do Partido Liberal – exibida depois do vídeo de Lula – começa falando em “fantasia” do ex-presidente e de artistas que o apoiam para tentar convencer o eleitor. “A rede Globo e seus artistas precisam do Lula. O interesse deles e só deles. Mas o povo brasileiro quer um Brasil para todos”, diz a campanha. Na sequência, Bolsonaro fala com o espectador, também em tom de conversa, assumindo que “de vez em quando falo palavrão, mas não sou ladrão”. “As minhas cores são a verde e amarela, vejam como está o mundo e como está o Brasil”, exalta o atual mandatário do país, defendendo a queda no preço dos combustíveis, pagamento do Auxílio Brasil de R$ 600, criação do Pix e outros feitos das gestão atual. “Transformamos o nosso povo em cidadãos. Nós queremos é continuar fazendo isso, trabalhando por você. O nosso governo é o governo de Deus, pátria, família e liberdade. Em 2 de outubro, é o Brasil acima de tudo, Deus acima de todos”, afirmou, reforçando slogan da campanha eleitoral de 2018. A propaganda eleitoral é finalizada com imagens de atos pró-Bolsonaro e mensagens de incentivos aos eleitores: “Pegue nossa bandeira, vista verde e amarelo e vamos juntos”, enquanto toca o hino nacional. “É o dia de votar pelo Brasil e o Brasil é Jair Messias Bolsonaro”, finaliza.

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