Lula inicia campanha, promete reajuste na tabela do IR e manutenção do Auxílio Brasil a R$ 600: ‘Primeira medida que vou tomar’

Petista esteve acompanhado de Fernando Haddad, postulante ao cargo de governador de São Paulo; Márcio França, candidato ao Senado; e da deputada federal e presidente da legenda, Gleisi Hoffmann

  • Por Jovem Pan
  • 16/08/2022 16h19 - Atualizado em 16/08/2022 17h57
ANDRÉ RIBEIRO/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO - 16/08/2022 Lula Ex-presidente deu início à sua campanha eleitoral em busca do retorno ao comando do Palácio do Planalto

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) iniciou a sua campanha eleitoral com um ato nesta terça-feira, 16, na região metropolitana de São Paulo. O petista foi à São Bernardo do Campo e visitou a fábrica da Volkswagen na cidade acompanhado do candidato da sigla ao governo paulista, Fernando Haddad; ao postulante ao Senado Federal, Marcio França (PSB); e da presidente nacional da legenda, a deputada federal Gleisi Hoffmann. Líder nas pesquisas de intenção de voto, o ex-sindicalista prometeu que seus primeiros atos caso vença as eleições será reajustar a tabela do Imposto de Renda e manter o Auxílio Brasil em R$ 600. Lula afirmou que as mudanças prometidas na área econômica não são implementadas por falta de dinheiro, mas sim “por falta de vergonha na cara de quem governa”, disse. O petista também acenou ao eleitorado feminino – público almejado pelo atual presidente Jair Bolsonaro (PL) – em seu discurso ao mencionar a importância das mulheres no suporte aos operários e sobre as condições que as trabalhadores desempenhavam as suas funções na montadora alemã durante a década de 90. “Para elas irem ao banheiro tinham que pegar uma placa. E se fossem duas vezes, eram mandadas embora. Tinham mulheres que faziam xixi na máquina trabalhando com medo de pedir para ir ao banheiro. Foi muita luta para conquistar o direito de vocês andarem de cabeça erguida nessa fábrica”, afirmou o petista.

Lula, que pleiteia seu terceiro mandato como presidente da República, disse ainda que não precisaria se candidatar novamente ao comando do Planalto, mas que considera a atual situação econômica do país está pior do que quando assumiu o governo pela primeira vez. Ao se tratar sobre o atual mandatário, Lula afirmou que o Brasil não pode ter um presidente que não é recebido pelas principais países do mundo. O petista aproveitou sua fala para se aproximar do eleitorado evangélico – mais próximo de Bolsonaro. “Quem criou a lei que garantiu a existência do Dia de Jesus, foi no meu governo. Ele está tentando manipular a boa fé de homens e mulheres evangélicas. É um fariseu”, acusou. Por fim, o candidato do Partido dos Trabalhadores ressaltou ser contra a política de incentivo ao armamento e argumentou que seu governo irá estimular o acesso aos livros para a população. “Vamos ganhar e fazer a maior transformação que esse país vai ver com a volta do emprego, do salário e do respeito”, finalizou.

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