Lula reafirma confiança em vitória no 1º turno e fala em ‘governar para todos’ e ‘reconstruir o país’

Ex-presidente também falou em ‘unir os divergentes’ para vencer a eleição em 2 de outubro e colocar fim ‘à guerra que divide o Brasil’; último ato de campanha, evento reuniu políticos, autoridades e artistas

  • Por Jovem Pan
  • 26/09/2022 21h45 - Atualizado em 26/09/2022 21h50
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ISAAC FONTANA/CJPRESS/ESTADÃO CONTEÚDO Luiz Inácio Lula da Silva O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é candidato à Presidência da República

Políticos, famosos e autoridades se reuniram nesta segunda-feira, 26, para a super live do ato Brasil da Esperança, do Partido dos Trabalhadores (PT), considerado o último grande ato da campanha Lula-Alckmin antes do primeiro turno das eleições de 2022 – que acontece em 2 de outubro. O evento, que aconteceu de forma híbrida, com cerimônia presencial em São Paulo e de maneira online, reuniu personalidades como André Janones, Gleisi Hoffmann, Dilma Rousseff, Fernando Haddad, Márcio França, Marina Silva, Eduardo Suplicy, Gregorio Duvivier e o ex-técnico Vanderley Luxemburgo. Em seu discurso, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva reafirmou sua confiança em vitória no primeiro turno, em 2 de outubro, e afirmou que é “preciso unir os divergentes” para vencer a eleição “mais importante das nossas vidas” e que pode colocar fim à guerra que divide o Brasil. “Que transformou velhos amigos em inimigos. Isso precisa acabar e o quanto antes, melhor. O Brasil não tem guerra com nenhum outro país, não faz sentido brigarmos entre a gente”, disse Lula, que também falou em luta pela paz e prometeu faz o país renascer das cinzas. “Vamos reconstruir um país devastado. (…) Vamos governar para todos, mas sempre com atenção especial aos que precisam. Ou melhor, governar é pouco. Vamos cuidar, com muito carinho, do Brasil e das famílias brasileiras”, acrescentou.

Ovacionado pelos presentes – e visivelmente emocionado, Lula falou sobre o desejo de compartilhar a festividade com a ex-presidente Dilma Rousseff, a quem disse ter sido “vítima do ódio”, além do candidato a vice-presidente, Geraldo Alckmin (PSB), e de Fernando Haddad (PT), candidato ao Governo de São Paulo. “Não há força maior no mundo que esperança de um povo que vai voltar a ser feliz. Vamos acabar com a fome no Brasil e ela nunca mais voltará a assombrar lares de famílias brasileiras. (…) Vamos juntos reescrever essa história”, concluiu. Alckmin, por sua vez, fez um pronunciamento falando sobre “arrancada no primeiro turno” e em país recuperado. Em aceno a Lula, Alckmin lembrou ainda dos momentos da campanha, citando a esperança da população pela volta de um governo “democrático e solidário” e citou a primeira eleição do petista à Presidência. “Se a na primeira eleição do presidente, quando ele foi eleito, a esperança venceu o medo, agora, a esperança vai vencer o ódio, o que é ainda mais importante”, afirmou, criticando diretamente o presidente Jair Bolsonaro (PL). “Não se faz campanha em motociata e jet ski, se faz campanha participativa, plural, ouvindo, interagindo. (…) Tenho fé e peço a Deus que guie a decisão e o voto dos brasileiros”, completou.

O evento, que iniciou com a execução do hino nacional, reuniu cerca de duas mil pessoas, com destaque para a presença de cantores como Valesca Popozuda, Pablo Vittar, Paulo Miklos, Paulo Vieira, Marcelo Jeneci, Silva e Daniella Mercury, que cantou e discursou aos presentes. “Votar em Lula é votar na esperança, amor, democracia. É votar no povo brasileiro. É hora de se erguer, se orgulhar, chegar lá e votar 13”, afirmou. O ato também reproduziu vídeos de cantores, atores e outras personalidades com mensagens a Lula, como a cantora Gaby Amarantos, a dupla Anavitória, Marcelo Serrado, Miguel Falabela Martinho da Vila, Nando Reis e Zeca Baleiro, além de Mark Ruffalo, intérprete do Hulk, de Roger Walters, fundador do Pink Floyd, e do ator e diretor Danny Glover. Diversos apoiadores do presidente também discursaram na cerimônia, exaltando programas sociais, como o Prouni e o Bolsa Família, e principais feitos do governo Lula e Dilma à frente do Executivo. “Um dia eu vi, no primeiro mandato desse homem, ele dizer: ‘Nesse país, quem vende manga e macaxeira na cabeça pode ser empresário porque ele tira o MEI’. Eu acreditei e sou empresária hoje, eu emprego 23 mulheres negras neste país. Esse homem aqui pode fazer e vai fazer de novo”, exaltou uma apoiadora.

‘Último ato é nas urnas’, diz Janja

Embora o evento desta segunda seja considerado pela campanha do petista como o último grande compromisso antes do primeiro turno, a esposa do ex-presidente afirmou que o último ato pró-Lula será nas urnas, em 2 de outubro. Na visão de Janja, a seis dias das eleições de 2022, é momento de “sentar e conversar” com opositores e buscar o “vira voto”. “Até aquele vizinho que a gente brigou em 2018 por causa da eleição, é hora de sentar e conversar , voltar para o WhatsApp da família e falar: ‘Gente, vamos conversar um pouco’. É hora do amor, da união. Agora é hora da gente ir firme, com força e com fé que vamos conseguir trazer de volta essa esperança, sentimento, esse calor que nos aquece quando vemos o meu marido. Último ato da campanha é apertar 13 dia dois [ de outubro]. É o Brasil que vai voltar a comer três vezes por dia”, exaltou. Na sequência, a presidente do PT Gleisi Hoffmann reforçou que o foco na reta final é diminuir a abstenção. “Urna não é lugar de protesto, é lugar de escolha. A gente tem que escolher o melhor projeto para o país. Essa é a nossa principal função nesta reta final, precisamos que as pessoas votem.”

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