Ministra do TSE suspende direitos de resposta concedidos a Bolsonaro em programa de Lula
Maria Claudia Bucchianeri remeteu casos para análise do plenário da Corte Eleitoral; presidente teria direito a oito inserções e 2 minutos na propaganda em bloco do petista
A ministra Maria Claudia Bucchianeri, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), suspendeu nesta sexta-feira, 21, oito direitos de resposta do presidente Jair Bolsonaro (PL) nos espaços de propaganda na televisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A decisão anterior, que havia concedido as inserções televisivas, partiu da própria ministra, que agora remete os casos para análise do plenário do Tribunal Eleitoral. “Concedo, excepcionalmente, eficácia suspensiva ao recurso, até respectiva análise colegiada”, decidiu a magistrada que suspendeu decisões proferidas na quinta-feira, 20. A primeira delas garantia a Bolsonaro direito de resposta de 2 minutos e 8 segundos no programa em bloco de Lula, após propagandas da campanha petista associarem o atual chefe do Executivo à milícia e bandidos. Na segunda decisão, pelas peças associarem o presidente ao aborto, tráfico de drogas e corrupção, foram concedidas oito inserções para a campanha de Bolsonaro responder os ataques. Segundo a ministra, as peças do Partido dos Trabalhadores levava os eleitores ““à falsa imputação de defesa do aborto e à alegada cogitação, também falsa, de que o candidato abortaria seu próprio filho”. Em contrapartida, também nesta sexta-feira, a Maria Claudia Bucchianeri suspendeu 42 inserções de direito de resposta no rádio que havia concedido a Lula. Na véspera, ela já havia suspendido 164 direitos de resposta na televisão, também favoráveis ao ex-presidente, após atender um recurso da defesa de Jair Bolsonaro. Agora, a expectativa é que o plenário da Corte Eleitoral analise os casos. Neste sábado, a Corte agendou julgamento virtual para definir se a campanha do Partido dos Trabalhadores terá direito às 164 inserções.
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